Capítulo 5 - Cinema com o Jake
POV. NESSIE
“Naquele momento eu esqueci de tudo e a única coisa que eu queria era que ele me beijasse, eu não ligaria, talvez depois, porque nós somos somente amigos, mas naquele momento não tinha mas nada a minha volta que eu queria mais a não ser os lábios de Jake colado aos meus.”
Eu pensava “Deus dos céus o que está acontecendo comigo?”
Jake estava mais próximo do que nunca esteve, minhas bochechas ardiam, de vergonha e também por ter suas mãos muito quentes nelas, eu olhava em seus olhos negros e eles estavam mais profundos do que nunca, me fitavam de um modo misterioso, um jeito que nunca me olhou antes, eles olhavam para minha boca que arfava de ar constantemente, meus batimentos acelerados me denunciavam, eu estava nervosa a ponto de enfartar, talvez se eu pudesse.
Quando nossos narizes se tocaram, senti um choque elétrico por todo meu corpo que faziam todos os meus pelos se arrepiarem, eu estava paralisada, uma parte de mim dizia que eu mataria Jacob se me beijasse, outra gritava para ele ir em frente e essa parte era maior concertesa, mais influente. Minha única reação foi fechar os olhos e esperar sua reação, meu primeiro beijo estava perto de acontecer com meu melhor amigo, quase irmão, que me deixou derretida desse momento, então senti suas mãos se afastarem do meu corpo e ouvi seus passos para longe de mim.
Ele havia se arrependido, ele não queria me beijar, mesmo não estando apaixonada pelo Jake, isso doeu, pode me chamar de louca, mas eu daria tudo por um beijo dele naquele instante, abri meus olhos decepcionada e tentei me recompor.
Eu suspirei e me virei, ele estava fitando a porta, de costas para mim, eu me aproximei e coloquei minhas mãos sobre seus ombros largos, então ele se virou rapidamente e disse:
- Desculpa Nessie – ele disse desesperado – desculpa meu anjo.
Eu não conseguia falar nada, um nó se instalou em minha garganta, eu engoli seco e o abracei.
- Você não precisa pedir perdão por nada – eu disse, quase um susurro – não fez nada de errado.
- Eu quase fiz – ele disse.
- Eu é que preciso pedir desculpas Jake – eu disse saindo do seu abraço de urso.
- Pelo que? – ele perguntou confuso.
- Por sempre entender tudo errado – eu disse – por te deixar como um louco pedindo desculpas quando eu sou a errada, você tem direito de namorar com quem você quiser e eu fico aqui fazendo papel de idiota.
- Você não fez papel de idiota Nessie – ele disse segurando minha mão.
- Fiz sim e sempre faço – eu falei mordendo o lábio inferior – prometo que de hoje em diante não vou mais te atrapalhar.
- Prometa que nunca vai me abandonar – ele disse – e que vai parar de pensar em mim com outra mulher.
- Mais isso vai acontecer algum dia – eu disse.
- Não, não vai – ele falou com convicção e eu franzi o cenho.
- Como assim Jake? Você não pode ficar só para sempre – eu disse.
- Eu não vou – ele falou.
Jake só pode estar louco, como ele não namorará alguma garota, mas não ficará sozinho? Eu não entendo, um dia eu irei me casar e ele não poderá mais tomar conta de mim como sempre, ser meu amigo tão íntimo, como eu também não poderei ser dele, ele terá que se casar com alguém, mesmo que eu não saiba minha reação, eu gostrei de vê-lo feliz.
- Como assim? – eu perguntei confusa.
- Nessie – ele disse mordendo o lábio – que horas eu passo aqui?
- Pra que? – eu perguntei.
- Para irmos ao cinema – ele perguntou levantando a sobrancelha–lembra?
- Ah, claro – eu disse – é... Que tal umas oito horas tá bom pra você?
- Claro, claro – ele disse – tenho que ir.
- Tchau – eu disse.
Ele veio até mim e me deu um beijo na bochecha e saiu, eu fiquei parada ali por uns instantes para tentar engolir tudo que aconteceu, hoje eu quase matei a Sophie, recebi cantadas do Fred, discuti com o Jake, quase nos beijamos e agora estou estatelada aqui pensando em tudo isso.
Abri a porta do meu quarto e vi um pequeno bilhete com o cheiro do meu pai, abri e lá tinha escrito.
Querida, viajamos para caça, só voltaremos segunda a noite, então aproveite seu fim de semana com segurança, peça para Jacob tomar conta de você minha querida. Saímos enquanto você e Jacob estavam conversando e tinham acabado de chegar, li os pensamentos dele e acabei comentando com Alice que vocês irão ao cinema não é mesmo? Então infelizmente ela me fez escrever aqui que o vestido que ela escolheu para você está na sua cama. Beijos dos seus pais.
Sempre a tia Alice, mas bem que eu iria precisar mesmo das suas dicas de moda.
Entrei no meu quarto e vi um vestido rosa de alças para amarrar atrás do pescoço, o vestido batia nos joelhos e brilhava como cetim, mas era outro tipo de pano, talvez importado, não sei. Um par de sapatos rasteiros e pratas, delicados, estavam no chão ao lado da minha cama.
Olhei para o relógio que apontava 06:57, então entrei no banheiro, tomei um banho relaxante. Sai, vesti o vestido, os sapatos, fiz uma maquiagem leve para a noite, penteei os cabelos e fiz um rabo de cavalo. Desci do meu quarto para a cozinha, fui tomar um café e olhei o relógio, já eram 07:41, daqui a pouco Jake chegaria, então me apressei para comer e quando vi já eram 08:00, ouvi a buzina da sua moto, lavei minhas mãos, peguei minha bolsa que estava sobre a mesa e sai da minha casa em direção a sua moto, onde ele estava sorridente, o sorriso que eu tanto amo, o sorrido Jacob.
Jake estava lindo em cima da moto, estava com uma camisa preta justa que desenhava seus músculos, uma jaqueta de couro preta e uma calça jeans. Parei diante dele e sorri, então ele disse:
- Você está linda – ele disse me olhando de cima a baixo e eu corei.
- Obrigada – eu disse – você também, está lindo.
Subi em sua garupa, passei minhas mãos pela sua cintura e ele começou a sair com a moto.
- Jake – eu disse – meus pais viajaram.
- Como assim viajaram? – ele disse preocupado – te deixaram só?
- Eles viajaram para caçar – eu expliquei – disseram pra pedir para você dormir lá, você pode?
- Claro meu anjo – ele disse e eu sorri.
- Que bom – eu disse.
O resto da “viajem” até o cinema foi rápida e silenciosa, Jake estava indo rápido para o cinema para não perdermos a primeira seção, achei que chegaríamos mais rápido ao cinema se fossemos correndo a pé, mas hoje eu queria uma noite “normal” sem pulos de penhasco, sem corridas sobre humanas, nada de lobos ou vampiros, queria ser só eu e o Jake hoje em um cinema assistindo um filme.
Jake estacionou a moto na frente do cinema, eu desci e ele também, então quando estávamos entrando no cinema ele pegou minha mão e começamos a andar de mãos dadas, como...
Namorados, eca, eu namorando o Jake? Nunca, ele é bonito sim mais é só o Jake, não consigo nos imaginar assim. Não sei como Angelina e Fred pensavam que eu namorava Jake, deviam estar drogados...
Comecei a rir com minhas baboseiras que eu pensava e ele olhou pra mim com cara de que “eu perdi alguma coisa?” confuso e perguntou:
- Porque está rindo? – ele perguntou.
- Nada – eu disse – só alguns pensamentos.
- Pode compartilhá-los comigo? – ele perguntou.
- É só que... – eu disse rindo – o Fred e a Angelina pensaram que eu era sua namorada...
- E qual é a parte engraçada? – ele perguntou fitando o chão.
- Jacob – eu disse já deixando a risada de lado – lógico que não namoramos, essa é a graça entende?
- E se tivéssemos? – ele perguntou?
- Se tivéssemos o que? – eu perguntei confusa.
- Namorando? Qual seria o mal? – ele perguntou ainda fitando o chão.
- Jake – eu disse – você é meu melhor amigo, quase irmão, seria estranho para mim.
Quando eu disse isso ele suspirou alto, tão alto que estranhei, cheguei perto e tentei olhar em seus olhos para tentar desvendar o que ele sentia, quando aqueles olhos negros bateram nos meus eu vi que ele estava triste.
Ótimo Renesmee, você fez merda, de novo. Magoou ele sua idiota.
- O que foi Jake? – eu perguntei preocupada.
- Nada, vamos entrar – ele disse sério entrando ao cinema e eu o segui.
Compramos os ingressos, pipoca, refrigerante e entramos o cinema não estava muito cheio, pois é sábado e sábado a noite todos estão em baladas, festas, coisas do tipo. Sentamos em um lugar que não era nem longe, nem muito perto da tela e enquanto o filme não começava, eu sentia frio, muito frio, eu poderia ser muito quente mais meus genes humanos me faziam sentir frio e calor e eu estava quase tremendo com aquele ar condicionado tão alto.
Jake, que sentou ao meu lado esquerdo, percebeu que eu estava sentindo frio e passou seu grande braço quente sobre meus ombros, alisando meu braço direito com sua grande mão, então eu me refugiei em seu peito quente, tirando-me o frio que desaparecia como algodão doce no líquido, ele passou seu outro braço em minha cintura.
Aspirei seu cheiro amadeirado, tão bom, Jake me esquentava como o sol esquenta, talvez ele fosse um sol, o meu sol.
Em poucos minutos eu não sentia mais frio, então tirei um braço para poder assistir ao filme que tinha começado e ele agora me abraçava apenas com um braço sobre meus ombros.
- Esse filme fala sobre o que? – ele perguntou no meu ouvido e eu me arrepiei.
- É a história de uma mulher que faz tudo para agradar seu marido só que ele está sempre pensando em seu trabalho – eu disse.
- E o que acontece? – ele perguntou curioso.
- Bom, ela fica triste e termina com ele, então ela sofre um acidente de carro e morre – eu disse – ele se arrepende e no outro dia, vê que ela não morreu e tudo fica como um dejavu, mas não era um dejavu, realmente tinha acontecido, então ele faz de tudo para dá-la o melhor e ultimo dia de sua vida, pois ao fim do dia ele acha que sabe o que acontecerá.
- Se já assistiu porque quis ver novamente? – ele perguntou curioso.
- Quis assistir com você – eu disse olhando para ele e ele sorriu, o sorriso Jacob.
- Legal – ele disse divertido me aconchegando mais ainda em seu abraço.
O filme estava quase no fim, as cenas mais lindas tinham passado e agora eles tinham entrado no carro, Ian estava prestes a morrer e as lágrimas já desabavam dos meus olhos, quando o carro ia bater e ele se jogou na sua frente, eu quase pulei em Jake, o abracei forte e chorei.
- Nessie – ele disse – não chora meu anjo.
- Desculpa Jake, eu sou boba demais – eu disse.
- Boba não Nessie – ele disse afagando meus cabelos – o filme é lindo mesmo.
- Boba sim, eu sou a única que está chorando – eu afirmei e levantei o olhar para olhá-lo.
- Vamos sair daqui – ele disse passando os dedos em meus olhos para enxugar minhas lágrimas.
- Ok, ok – eu disse mais calma.
Levantamos e saimos da sala do cinema, depois saimos do cinema, estava frio, então o abracei sendo conrespondida e começamos a andar.
- Onde estamos indo? – eu perguntei ainda com a voz embargada por causa do choro.
- À sorveteria – ele disse – ainda é nove e quarenta Nessie, um sorvete rápido e chegamos às dez.
- Tudo bem - eu disse.
(N/A: Gente, agora começa uma música lindaa, A Tu lado, aí em baixo está o link e agradeceria mto se vocês esperassem carregar para ler o resto do capítulo, é rapidinho, valeu e bjs!)
http://www.youtube.com/watch?v=DkI_E0-abds
Nós andamos até a sorveteria mais próxima, que tinha uma televisão de plasma LCD enorme que mostrava um clipe de uma música romântica da banda RBD que nem existe mais, só que linda chamada A Tu Lado.
Nos sentamos em uma mesa e ele foi comprar os sorvetes, trouxe dois de chocolate, me deu um e comecei a tomar para ver se engolia o choro, ao mesmo tempo ouvia a linda música.
A Tu Lado Ao teu lado
Uuuh, uuuuh... Uuuh, uuuuh...
Narana narana...narana narananana...
Narana narana...narana narananana...
Narana narana narana narananana...
Narana narana...narana narananana...
A pesar de algunos cuentos A pesar de algumas coisas
Y la lluvia en el camino E da chuva no caminho
A tu lado sé que está el destino Ao teu lado sei que é o destino
A pesar del viento fuerte Apesar do vento forte
A pesar de los naufrágios Apesar dos naufrágios
A tu lado sé que estoy a salvo Ao teu lado sei que estou a salvo
Tú me vuelves invencible Você volta invencível
No conozco lo imposible Não conheço o impossível
Si volteo y te encuentro aquí Se volto e te encontro aqui
(Déjame vivir cerca de ti...siempre a tu lado) Deixa-me viver perto de você, sempre ao seu lado
A la orilla de algún beso A beira de algum beijo
A la orilla de tus manos A beira das suas mãos
Déjame vivir siempre a tu lado...(A tu lado) Deixa-me viver sempre ao teu lado (Ao teu lado)
A la orilla de un suspiro A beira de um suspiro
A la orilla de tu abrazo A beira de teu abraço
Déjame vivir siempre a tu lado. Deixa-me viver sempre ao teu lado
Siempre a tu lado... Sempre ao teu lado
Siempre a tu lado... Sempre ao teu lado
Narana narana... narana narananana...
Narana narana narana narananana...
A pesar de la tormenta Apesar da tempestade
Que golpea nuestra barca Que golpeia nosso barco
A tu lado siempre estoy en calma Ao teu lado eu sempre estou calmo
A pesar de lo difícil Apesar do difícil
A pesar de los tropiezos Apesar dos tropeços
A tu lado nada me da miedo Ao teu lado nada me dá medo
(REFRÃO)
Só de ouvir, eu quase me emocionava de novo, Jake me fitava divertido mais calmo, sorrindo torto, eu corei e sorri também.
- Está mais calma agora ? – ele perguntou.
- Como não poderia ? Chocolate – eu disse rindo e ele riu.
- Gostei da nossa noite como pessoas ’’normais ‘‘ – ele disse.
- Tirando o show que eu fiz no cinema foi tudo perfeito – eu disse e ele riu.
- Porque você chorou? – ele perguntou.
- Porque quando finalmente ele percebe que não consegue viver sem ela, começa a se declarar pra ela, dar aquele dia lindo que ela viveu com ele, ele morre, é injusto – eu disse balançando a cabeça – não puderam aproveitar o amor dos dois.
- Eles aproveitaram enquanto estavam vivos – ele disse – intensamente.
- É – eu disse – talvez esse não tenha sido o único motivo.
- E qual foi o outro ? – ele perguntou curioso.
- Eu queria ter a sorte que ela tem – eu disse envergonhada e ele riu.
- Não precisa ter inveja da personagem – ele disse rindo – você tem 9 pessoas que se jogariam na frente de um trem por você e o melhor, essas pessoas não morreriam.
Eu ri com essa.
- Eu sei que tenho uma família protetora – eu disse – mais queria ter um homem que fisesse isso por mim.
- Você tem Nessie – ele disse sério.
- É ? Quem ? – eu disse irônica e ele se inclinou sobre a mesa.
- Eu – ele disse levantando a sobrancelha.
- Claro que faria isso – eu disse – você é meu melhor amigo e também não morreria, eu queria alguém que me amasse e que soubesse que morreria mas mesmo assim, se arriscasse por mim.
Então Jake ficou pensativo e tomou o resto do sorvete, depois foi até o balcão e pagou, voltou até a mim e como eu já tinha acabado com o sorvete, me levantei e saímos da sorveteria, eu já estava com frio, mas estava um clima estranho entre mim e o Jake que eu nem pedi pra ele me esquentar.
Estávamos andando até a moto do Jake que estava a dois ou três quarteirões dali, quando começou a chuver, muito forte, mas ao invés de corrermos, ficamos calmos, paramos e rimos.
- Agora sim a noite está perfeita – ele disse tirando a jaqueta e me dando.
- Obrigada – eu disse sorrindo – pela jaqueta e por me proporcionar a noite mais doida, alegre e normal da minha vida.
- De nada – ele disse rindo.
- Jake posso te fazer uma pergunta ? – eu disse.
- Claro, claro – ele falou.
Me lembrei do assunto que ele tinha fugido mais cedo.
- Não intendi quando você disse que você nunca iria ficar com outra mulher e não iria me abandonar – eu disse – mas você disse também que não iria ficar sozinho, explica o que quiz dizer ?
- Claro, claro – ele disse – eu quis dizer que eu nunca te abandonaria por uma mulher, e quando eu disse que não ficaria só, é porque eu estou esperando a mulher da minha vida perceber que me ama.
- Não pode dizer que nunca vai me abandonar Jake – eu disse – um dia eu vou me casar e não poderemos mais ser tão amigos, teremos que nos afastar, você também irá casar e...
- Eu nunca vou te abandonar Nessie – ele disse convicto.
- Eu não intendo a sua teimosia – eu disse rindo – eu tô explicando que...
- A maioria das pessoas não intende – ele disse me interrompendo – mais você é especial Nessie, vai intender quando chegar a hora !
- Hora de que ? – eu perguntei confusa.
Jake deu uns passos a frente se aproximando e segurando nos meus ombros, me fitando com seus lindos e profundos olhos negros que não tinham a mesma tristeza do início da noite, tinha uma alegria que eu não conseguia desvendar, não conseguia intender.
- Hora de eu dizer que eu te... – ele disse sendo interrompido.
- Mãos para o alto, isso é um assalto ! – alguém com voz muito grossa gritou perto de nós.
Olhamos automaticamente para o lado...
Nenhum comentário:
Postar um comentário