terça-feira, 30 de novembro de 2010

Adeus - Capítulo 9 de 'O Vento no Litoral'

Capítulo 9 – Adeus



PVO Jacob



Estava muito magoado e chateado com o clima que havia ficado entre Ness e eu. Ela era a mulher da minha vida, disso não tinha a menor dúvida, mas ainda sofria ao seu lado por perceber que ela não me enxergava. Que só buscavam em mim os traços do meu irmão.
Isso me feria de verdade, deixando muito mal e receoso sobre os rumos que uma relação poderia tomar.

Durante toda a minha vida me senti inferior, tive raiva e vontade de pergunta a minha mãe o motivo... O motivo dela ter escolhido ele; Mas naquele momento, apesar de está ferido demais por ela chamar o seu nome, não poderia fazer o mesmo... Eu já sabia o motivo.

Perdi a cabeça e fui super indelicado com ela, dizendo coisas que certamente a magoaram. Depois que a vi desmaiar, completamente frágil diante da briga, fiquei me sentindo muito mal e jurei para mim mesmo que nunca mais a trataria daquele jeito. Ela merecia muito mais do que um homem grotesco e não incorporaria o espírito de Billy Black. Não! Não mesmo! Ela era uma princesa para mim e merecia muito mais que palavras desaforadas de um homem com raiva. Completamente frustrado e com ciúmes de um fantasma... Eu a amava demais para fazer aquilo novamente.

Passei a sexta feira inteira na praia, olhando para o horizonte e pensando no que fazer da vida, mesmo sabendo que deveria estar a minha procura. Contudo precisava organizar a minha mente e decidir o que fazer da vida. Afinal só tinha mais uma semana em La Push e não sabia o que seria os nossos destinos depois.

Se eu voltasse para Pearl Harbor e ela fosse para a universidade, certamente nos perderíamos um do outro e seria complicado manter uma relação, que já havia começado tão frágil, a distancia... Aquilo me dava medo.

Decidi que a pediria em casamento e a levaria comigo para a base. Como esposa de militar, poderia freqüentar a universidade lá e não precisaria abandonar os estudos. Cheguei aquela conclusão depois de um dia inteiro pensando e sofrendo com a possibilidade da separação. E por mais que soubesse que ela nunca me amaria do mesmo jeito, não dava simplesmente para dizer adeus e deixar todo o amor para trás. Ela era tudo o que queria da vida e se dissesse que não poderia ir comigo, talvez abandonasse tudo e viesse morar em Washington só para ficar ao seu lado.

O Crepúsculo chegou e finalmente resolvi ir para casa. Já estava sem comer e beber o dia inteiro, o cansaço assolava o meu corpo, o sono já começava a me dominar e a minha cabeça começava a doer. Precisava comer algo e deitar para descansar.

Cheguei na casa da minha mãe e conversamos sobre ela. E por mais constrangido que me sentisse diante daquela situação, inquestionavelmente minha mãe era a melhor pessoa para me aconselhar. Poderia me ouvir e tentar entender os meus motivos. Entre nós já havia uma muralha quase que intransponível e eu não conseguia abrir os portões daquele muro. Mas naquela noite estava carente demais e precisava de um colo... Eu estava sofrendo muito e tinha medo do futuro.

- Filho, a Ness esteve aqui para te ver. Estava tão nervosa.- Ela deu o primeiro passo na conversa e em um primeiro momento, pensei em me esquivar e fugir.

- Mãe eu... – Gaguejei envergonhado.

- Não tenha medo de se abrir comigo, Jacob. Sou sua mãe e quero o seu bem. Vi o quanto aquela menina está sofrendo por sua causa. Ela me pareceu tão agoniada... Estava quebrada. – Disse tocando suavemente o meu rosto. Caminhou até o sofá e se sentou. Sem pensar muito, caminhei até lá, sentei e coloquei a cabeça em seu colo.

- Eu a amo, mãe... Como nunca amei ninguém. – Confessei mesmo temeroso de suas criticas, afinal ela era a namorada do meu irmão. E eu me sentia um traidor.

- Ela também te ama. Vi isso nos olhos dela, filho. Qual o problema entre vocês dois¿ Por que essa dificuldade toda¿ - Fazia cafuné em meus cabelos enquanto falava.

- Ela não me ama, mãe... Apenas procura em mim a imagem do amor que perdeu. E por mais duro que seja dizer isso... Pareço um fraco.

- Não! Você é um homem lindo, amoroso e sensível. Não pense assim filho.

- Por mais duro que seja, prefiro viver com ela à sombra dele, do que viver sem ela. Isso está acabando comigo... – Hesitei por um momento, sentindo as lágrimas se formando no canto dos meus olhos. – Queria que ela me visse uma só vez... Que olhasse para mim e dissesse: “Jacob eu amo você e é com você que quero ficar”. Mas isso é apenas um sonho... Só fui só uma relação carnal para ela... Só isso.

- Vocês dormiram juntos¿ - Perguntou parecendo constrangida.

- Foi lindo, mãe... Eu me entreguei de corpo e alma para aquela garota. E no final ela chamou por ele. Como isso me fere... Como dói! – Já estava chorando, mesmo que inconscientemente. – Ela disse que foi força do hábito, mas eu não acredito.  A todo momento olha para mim, analisando as minhas expressões a procura de um traço singular... Ela não me ver. Sou apenas um espelho do Seth.

- Já pensou que ela pode ter dito a verdade¿ - Passou a mão sobre o meu rosto e enxugou as minhas lágrimas.

- Era tudo o que mais queria. E agora fico pensando em como será quando for embora. Chega a doer a possibilidade de me separar dela. Não sei o que faço, mãe. – Confessei nervoso. – Quero levá-la junto comigo. Casar com ela e dá uma boa vida. Lá em Pearl Harbor ela poderia estudar na Universidade Militar e até trabalhar se quiser. Mas tenho medo dela não aceitar a minha proposta e dizer que não me ama, que não pode e não vai comigo. Isso está acabando comigo.

- Eu estou feliz. Sabia¿ - Perguntou e não entendi nada.

- Feliz¿ Como assim¿ - Questionei.

- É a primeira vez que se abre comigo e diz o que está sentindo. Também por ser um homem lindo, honrado e amoroso. Tenho certeza que essa menina saberá reconhecer isso. Mas acho essa idéia de casar um pouco prematura, filho. – Sentei no sofá e fiquei olhando para ela.

- Eu preciso de uma família, mãe... Eu nunca tive! – Fiquei temeroso em falar aquilo, mas precisava desabafar. – Quero uma mulher para me receber em casa todos os dias. Alguém com quem possa partilhar as minhas inquietações. Quero uma criança para amar e cuidar como nunca foi amado e cuidado... Eu nunca recebi amor de ninguém! Nunca tive um natal, dia das crianças ou ações de graça. Sempre fui sozinho com um pai rabugento e autoritário. Eu preciso de alguém para me amar e para eu dá amor, mãe. E tenho certeza que essa pessoa é Ness. Se eu tiver que me separar dela agora, será doloroso demais para mim. É como se houvesse encontrado a minha outra metade. A senhora não tem noção de como me sinto ao seu lado. Não tem noção de como ela me faz feliz, mesmo nesse momento de dor. A sua presença é um bálsamo para o meu coração e eu preciso dela... Preciso mais do que ar que respiro.

- Você é realmente lindo e tem um coração bom, filho. Acho que ao escolher o seu irmão fiz a escolha certa. – Senti-me sufocado naquele momento. Meu coração apertou e quase chorei novamente. – Seu irmão tinha a cabeça fraca, não tinha muito juízo e o seu coração não era tão bonito quanto o seu. Era um rapaz bom, mas porque recebeu uma educação boa e firme. Agora imagina se ele tivesse crescido com o seu pai¿ Imagina como seria a personalidade dele¿ Seria um bruto... Um animal como Billy. – Sorriu docemente para mim. Já você tem uma alma tão boa, é tão lindo, doce e amável que mesmo passando por momentos difíceis na vida, preservou essa doçura em seu coração... Filho, Deus escreve certo por linhas tortas. Você não deixou os estímulos do ambiente em que viveu transformá-lo em uma pessoa má. Já seu irmão... – Parecia incomodado em falar sobre aquilo.

- O que tem o meu irmão¿ -Perguntei franzindo o cenho.

- Ele era revoltado por eu ter largado a vida boa ao lado do pai. Não se conformava em não ter dinheiro e por muito tempo fingiu ser quem não era. Devo confessar para você que ele tinha vergonha de eu ser a sua mãe. De seus amigos saberem que era filho de uma empregada. E até trazer a Ness nessa casa, demorou muito tempo e mesmo assim sempre ficava constrangido. Ela tem uma situação financeira muito boa, vem de família rica e nunca precisou de nada. Ele não se conformava em ter que dirigir o carro dela, em não ter dinheiro para comprar coisas boas e levá-la em lugares legais. Muitas vezes me acusou da vida ruim que teve. E tenho certeza que você no lugar dele teria agido diferente.

- A Ness disse que ele começou a trabalhar. – Disse.

- Sim! Mas não por pena de mim como ela achava. Começou a trabalhar porque não conseguia ficar sem dinheiro. Precisava de roupas boas, para mostrar aos amigos, dinheiro para levá-la em lugares legais e para ostentar o que não era. Por isso largou as atividades na escola e começou a trabalhar, mas me acusava disso todos os dias. Foi muito difícil essa fase da vida dele.

- Sinto muito, mãe. – Eu a abracei e comecei a fazer carinho em suas costas.

- Por isso eu digo que a melhor coisa que fiz foi deixar você com seu pai. Sei que isso te fere muito, filho, mas a verdade é que seu irmão seria um rebelde sem causa e faria muitas besteiras na vida. E você foi capaz de passar por isso tudo com dignidade. – Ela segurou o meu rosto com as duas mãos e encarou os meus olhos. – Eu amo você, filho. Se pudesse voltar ao tempo, fugiria com os dois filhos. Nunca faria você sofrer tanto na vida. Mas eu não posso. Por favor me perdoa.

- Eu já te perdoei, mãe... Já perdoei. – Ficamos abraçados por um longo tempo sem dizer nada.

- Eu tenho que falar com a Ness, mas preciso dá um tempo para ela pensar. Não quero pressioná-la ainda mais.

- Tenho certeza que fará o melhor para os dois. – Sentamos lado a lado e ficamos em silencio alguns segundos.

- Obrigada, mãe... Precisava desabafar.

- Pode falar sempre comigo, Jacob. Não tenha medo de falar com sua mãe.

- Sou fechado demais... É difícil.

- Você vai consegui superar isso e se abrir. Tenho certeza que com o tempo vai começar a se abrir.

Fui para o quarto  e comecei a pensar sobre tudo o que minha mãe havia dito. Vi as folhas desarrumadas sobre a cama e conclui que ela havia visto os desenhos. Percebi que havia um bilhete e pequei para ler.

- Jacob, estou indo até a casa de Sue e mais tarde volto. – Minha mãe disse da porta do quarto.

- Tudo bem!

- Tem comida quente no fogão para você. Vê se alimenta esse corpo. Vai acabar ficando doente sem comer.

- Estou realmente com fome. – Ela fechou a porta e eu comecei a ler o bilhete de Ness.

Jacob, eu te esperei o dia inteiro, mas você não apareceu.
Precisamos conversar sobre nós dois.
Pode me ligar quando chegar¿
A manhã a limusine vai nos buscar na porta da minha casa às 19h. Não esqueça disso. OK¿
Um beijo muito carinhoso

Pensei várias vezes em ligar, mas resolvi dá um tempo para ela sentir a minha falta e pensar sobre nós dois. Assim eu tomei meu banho, jantei e deitei na cama para ficar ouvindo músicas no meu ipod. E depois de algum tempo, acabei adormecendo.

Jacob! Jacob!
Ouvi a voz doce do meu anjo chamando o meu nome e me virei para vê-la. Ela caminhava em minha direção com o nosso bebê no colo. Usava um lindo vestido florido, que estava esvoaçando pela força do vento, os cabeços desgrenhados, o sorriso lindo e os braços protegendo o nosso pequeno enrolado em uma manta.

- Não devia sair de casa com essa ventania. – Disse beijando a sua testa. Toquei o rosto do meu filho e fiquei sorriso a ver como ele era lindo e como se parecia comigo.

- Senti sua falta, amor! – Deu um selinho em meus lábios e fiquei olhando aquele lindo olhos verdes que parecia pequenas esmeraldas.

- Eu também senti a sua falta, meu anjo. Prometo que essa foi a minha última viagem. Vou pedir despensa e iremos embora de Pearl Harbor.

- Para onde vamos¿

- Vamos morar em La Push.- Eu a abracei por trás e ficamos a beira da praia vendo o por do sol. A tarde estava linda e me sentia feliz por está junto a minha família após meses no mar.

- Eu te amo, Jacob...

- Eu te amo muito mais...

Acordei radiante com aquele sonho  e certo do que iria fazer. E mesmo correndo o risco de ouvir um sonoro “não”, eu a pediria em casamento aquela noite, aproveitando o clima de festa do baile.

Mesmo sabendo que ela não me amava da mesma forma, faria de tudo para fazê-la feliz e quem sabe um dia ela olhasse para mim e descobrisse que também me amasse. Estava disposto a amá-la tanto, que o meu sentimento seria o suficiente para nós dois. Daria a vida para que ela fosse feliz e que me olhasse como o seu homem, não como o fantasma do meu irmão. E algum dia ela se daria conta de quem eu era, e se esqueceria completamente de tudo que viveu antes de nós dois.

Aquele era o meu plano e estava disposto a levá-lo a diante, começando na noite do baile de formatura.

Passei o dia eufórico esperando a hora de me arrumar. Corri alguns quilômetros, nadei, fiz 500 abdominais e depois fui para casa me arrumar.

Depois de alguns minutos diante do espelho, para me certificar que tudo estava direito e que não faria feio ao seu lado. Peguei a chave da moto e sai de casa para ir ao seu encontro.

A viagem para a casa dos Cullens, em Forks, demorou cerca de quinze minutos e quando cheguei foi bem recebido por sua mãe.

Fiquei super ansioso a sua espera e quando a vi no alto da escada, parecia a visão de uma fada. Ela estava muito linda e radiante. Não consegui esconder o encantamento que sentia ao vê-la arrumada daquele jeito. Tive vontade de seqüestrá-la e curtir uma noite a dois... Tomá-la em meus braços e fazer amor.

Vi em seus olhos o mesmo encantamento e em sua face o sorriso mais lindo do mundo. Sentia um frio estranho em minha espinha, meu corpo tenso e uma louca vontade de beijá-la. Mas não deu tempo, porque logo a limusine chegou e tivemos que partir para o carro.

Aquilo foi bem engraçado. Confesso que morri de rir com os amigos de Ness espantados com minha presença. Uma desmaiou e acordou unas três vezes, o seu namorado simplesmente desmunhecou e mostrou o seu lado gay, a outra se agarrou ao seu namorado que tentava acalmá-la. O outro se jogou no canto do carro e quase surtou quando o boiolinha se jogou sobre ele... Foi muito engraçado.

Passado o susto, Ness contou quem eu era e finalmente entramos no carro para partimos. E ali eu tive a minha primeira decepção da noite, quando tentei pegar a sua mão.

Já estava tão ansioso pelos seus toques, que instintivamente peguei a mão para fazer caricias. Mas ela puxou a mão e afastou o seu corpo de mim. Confesso que fiquei arrasado com o seu gesto e quis falar sobre o assunto. Mas com os amigos no carro, não teríamos muita privacidade, então preferi esperar até que estivéssemos a sós.

Quando chegamos ao ginásio do colégio, que por sinal estava muito lindo e bem decorado, começou uma enorme confusão e vi pessoas correndo, caindo, derrubando mesas e cadeiras, algumas se machucaram outras desmaiaram e uma pessoa foi arremessada sobre a jarra do ponche. E até o amigo de Ness, Embry, ir até o palco e dizer que não era um fantasma, zumbi e que era o irmão gêmeo do Seth, tudo se transformou em uma cena de filme de terror. E me senti muito mal com aquilo.

Passado o susto, as pessoas começaram a arrumar o salão e se recompor pouco a pouco. E aproveitei o momento para pegar a mão de Ness novamente. Queria sentir o seu toque e aproveitar o máximo da noite com ela, até finalmente fazer o pedido que mudaria completamente as nossas vidas. Mas ao contrário do que esperava, novamente puxou a não e com a voz estranha, parecendo uma desconhecida, chamou me para conversar em um canto reservado.

Pediu para eu não a tocá-la, pois não queria que os amigos nos vissem juntos. Em seu tom estava claro que tinha vergonha de mim, deixando me furioso com a sua colocação. Perdi a cabeça e disse coisas que não queria, e principalmente não deveria. Mas estava magoado demais com ela e via todos os planos que havia traçado para nós dois indo pelo ralo. Quase fui embora, mas não daria o gostinho a ela e resolvi ir circular no baile. Pensei que se talvez ficasse com alguma garota, ela se desse conta do que estava perdendo... Burrice minha! Perdi completamente a sanidade e agi como uma criança birrenta... Aquele não era eu... Apenas um homem magoado.

Comecei a dançar com a garota chamada Melissa, após uma discussão entre ela e Ness, que deixava claro que eram velhas rivais. E percebi que a garota poderia me ajudar deixá-la com muita raiva e se render a mim. Mais uma vez calculei errado e as coisas acabaram saindo do controle.

- Você é muito lindo, Jacob.  – A loira gostosona com cara de Kenga dizia agarrada ao meu pescoço, enquanto dançávamos agarradinhos na pista. Já estava de saco cheiro de ouvir: “Como você é lindo, como é gostoso, como é forte, como é másculo... como..” Aff Aquilo já estava me cansando. Revirei os olhos e procurei por Ness no salão, mas ela havia sumido. Comecei a ficar preocupado e quando já estava prestas a largar aquela garota chata, vi meu anjo cambaleando em nossa direção.

Meu corpo gelou ao perceber que estava bêbada... Estava muito bêbada.

- Lagameuomekenga! – Gritou com a voz embargada e pegou a loira pelos cabelos. Tudo aconteceu muito rápido e quando vi, ela já estava sobre a loira no chão, dando muitos tapas e socos em sua cara, puxando os cabeços e arrancando, enquanto a outra tentava reagir.

- ME LARGA! SOLTA SUA DOIDA!! SOLTA!

-Vadiafafadaladadehome! – Continuava batendo com raiva, enquanto a outra tentava se defender.

- PO! PO! PO!

- BATE! BATE!

- ARRANCA OS CABELOS DELA!

Eu estava atônito diante daquela situação e as pessoas ao invés de separarem, simplesmente formaram um circulo ao redor das duas e instigavam a briga.

Ness batia, socava, arranhava, rasgava as roupas de forma tão violenta que nem parecia a menina pequena e frágil que conhecia. Ao sair do meu transe, peguei-a por trás, prendi os braços passando os pela cintura, exatamente como se faz com doidos ao colocar a camisa de forças, mas ela continuava a se debater e falar tudo embolado.

- Kebovcvadianojetafafada! Eleemeunamoladosomeusafada!

- Calma, Renesmee! Calma! – Sussurrava em seu ouvido, tentando acalmá-la. Olhei para a garota no chão e o estrago que a pequena havia feito era grande. A garota estava com os dois olhos roxos, o nariz sangrando, toda descabelada, o pescoço e o colo arranhado, o vestido rasgado e mal conseguia se levantar.

- JAcobemeusotomeufafadavadia.

- Calma, meu anjo! Estou aqui com você. Calma! Parece uma leoa brava. Calma!

- Jacob, a limusine está lá na frente. Porque não leva Ness para casa. – A sua amiga falou.

- Obrigado! Vou levá-la sim! Está muito doida e tenho medo que quebre mais alguém essa noite. – Peguei-a no colo como se fosse um bebê e caminhei com ela para fora do salão, com todas as pessoas olhando assustadas para nós... Nossa que noite infernal!

Chegamos a limusine e pedi que nos levasse de volta para a sua casa.

- Pode nos levar para a casa dela¿ - Pedi para o motorista.

- Ela tá mal. Não é¿ - Perguntou vendo o estado deprimente dela em meus braços.

- Nem me fale, amigo! Nem me fale. – Ele abriu a porta, coloquei ela tomando cuidado para não machucá-la e depois entrei e puxei a porta.

- Kerovceukerovc hahahahahahaa fazamocomigo hahshah – Ela começou a tirar a minha roupa e eu tentava impedi-la, na medida do possível, mas era uma luta terrível resistir aquele corpo se atirando sobre o meu. Colocou as pernas entre a minha cintura e começou a se mover em meu membro, deixando-me totalmente excitado.

- Não! Não! Para Ness! Para! Não quero você assim... Quero você inteira e sóbria... Para! – Ela mordia e chupava o meu pescoço, suas mãos foram em direção ao zíper da minha calça e eu tentava tirá-la de lá. – Não! Para! – Era uma luta perdida para mim. Estava morrendo de tesão e não consegui me conter quando beijou a minha boca. Prendi as mãos em seus cabelos e a deixei me conduzir. Ela tirou o meu membro para fora da calça e se encaixou nele. Senti a penetração em seu corpo e a minha sanidade, que já era pouca, foi embora definitivamente. Comecei a penetrar o seu corpo com vigor. Era a sensação mais maravilhosa do mundo me sentir vibrando dentro ela. Ficava mais completo, mais feliz e sentia como se nada mais existisse além de nós dois. Assim fizemos amor no carro e por sorte as limusines tinham aquelas pequenas escotilhas, que ficavam fechadas, e o motorista não tinha como ver nada que se passava, apesar dos nossos gemidos nos denunciarem.

Chegamos a casa dela, percebi o carro parar, tirei-a de dentro do meu corpo e arrumei o seu vestido. Ouvi duas batidas na porta e a abri.

- Chegamos! – O homem disse com um sorriso no canto dos lábios.

- Obrigado! – Sai do carro, peguei a no colo delicadamente.

- Quer carona para ir embora¿ Ou passará a noite com sua gatinha selvagem¿ - Disse com sorriso travesso.

- Minha moto está li. – Disse mal humorado, apontando para a moto e ele assentiu com a cabeça.

- Boa noite para vocês. – Disse rindo e se caminhou para o carro.

Observei a casa dos Cullens, percebendo a escuridão no local. Era estranho ver tudo escuro aquela hora. Não sabia se os pais estavam em casa ou se já haviam dormido. Caminhei com ela até a porta e vi o bilhete fixado nela.

Filha, seu pai e eu passaremos a noite fora. Comporte-se!
Bjus Mamãe

- Boa! O que faço agora¿ Amor, tem alguma chave escondida¿ Precisamos entrar. – Sussurrei em seu ouvido.

- Tapetetapetetapete

- Já entendi! Preciso que tente ficar de pé, para eu pegar a chave. Pode fazer isso¿

- Kerufazeamorkeruvckeruvc

- Tudo bem, querida! Deixa eu pegar a chave primeiro. – Coloquei-a de pé encostada na pilastra, abaixei, levantei o tapete e vi a chave. Peguei-a e levei até o tambor da porta. Abri a porta, peguei Ness novamente no colo, entrei, fechei a porta e caminhei em direção as escadas. Sabia onde era o seu quarto, porque já havia vindo com ela nos braços no dia em que desmaiou. Então, mesmo no escuro, segui com ela nos braços, caminhei pelo corredor e fui até o seu quarto, que ficava no final do corredor. Abri a porta, entrei com ela e comecei a procurar o interruptor. Acendi a luz e a levei até a cama. – Amor, vai ficar tudo bem. Cuidarei de você.

Comecei a tirar os seus sapatos, depois fui tirando o seu vestido, enquanto ela continuava a falar tudo embolado.

- Kerufazeamor keruxupabanana keruxupabanana!

- Ah¿ Ela está muito doida.  – Enquanto tentava despi-la, continuava a me agarrar e falar coisas sem sentido.

-Jacobficaficafaamocumigo

- Tudo bem meu anjo. – Tirei o seu vestido, a meia calça e a calcinha, deixando a completamente nua. Era a visão do paraíso, mas eu não queria abusar dela bêbada. Peguei a no colo e a levei para o banheiro. Acendi a luz, abri a porta do Box e a coloquei de baixa da água.

-Jacobficaficafaamocumigo

- Eu fico, meu  anjo! Eu fico!

Depois de um bom tempo, tirei a da água, peguei a toalha e comecei a enxugá-la. Enrolei-a na toalha e a levei para a cama, deitando-a lentamente.

- Vou procurar algo para vesti-la. Já volto. Tá¿ - Beijei a sua testa e fui para o closet. Comecei a abrir as gavetas e achei calcinhas e camisola. Voltei para cama e comecei a vesti-la.

- Pronto! Está linda! Agora tenta dormi.

-Jacobficaficafaamocumigo

- Eu ficarei com você para sempre... Eu amo você. – Tirei os sapatos e deitei ao seu lado na cama. Puxei o seu corpo para mim e fiquei fazendo cafuné até que finalmente pegasse no sono. Depois me levantei e fui para a sala esperar os seus pais. Acabei dormindo no sofá e acordei com os gritos de sua mãe.

- AHHHHH!

- Calma! Calma! Sou eu, Jacob! – Tentei falar assim que ela acendeu as luzes.

- O que faz aqui, Jacob¿ - Ela me perguntou e o seu marido entrou correndo na sala, já com um bastão de baiseball para me bater.

- A Ness bebeu muito na festa. Acabou brincando com uma garota e ficou muito alterada. Trouxe ela para casa, dei banho e a coloquei para dormir. Mas não podia deixá-la sozinha e também não queria abusar. Entende¿ Resolvi dormir no sofá. Podem me desculpar¿

- Aimeudeus! Que vergonha! – Sua mãe disse consternada.

- Bem, eu já estou indo. Mas tarde ligo para saber como ela está. Desculpe o abuso, mas não dava para dormir em pé.

- Nós agradecemos a sua honestidade e a forma como tratou a nossa filha.  Se fosse outro teria se aproveitado da situação. – O pai disse me fitando.

- Eu amo a sua filha. Não tenho a intenção de abusar dela levianamente. Agora preciso ir embora. Estou morto de cansaço.

O dia já havia amanhecido, o sol já despontava no horizonte, os pássaros cantavam a sua deliciosa melodia matinal quando sai da casa dos Cullens. Peguei a moto e parti para a casa da minha mãe.

Chegando lá, tirei as roupas, tomei um banho quente e fui dormi um pouco sobre a cama. Já estava cansado demais e precisava relaxar.

Quando acordei, já passavam das duas horas, levantei e fui até a cozinha pegar algo para comer. A casa estava vazia e sentia uma estranha angustia me apertando o coração.

Depois que peguei algumas frutas, leite e pão voltei para o quarto comecei a comer. Depois coloquei a bandeja sobre a cama e peguei o meu iphone sobre a cabeceira da mesa. Havia uma mensagem não lida e resolvi abrir.

Sua presença é solicitada na base da Carolina do Sul. Verificar coordenadas enviadas para o seu email.

Meu coração gelou. Custei a assimilar aquela mensagem e tive medo de abrir o meu email.

Estamos enviando uma equipe para uma missão no Oriente na próxima terça feria.
Sua presença é requisitada no navio Leão do Ocidente na segunda feira a tarde.
Esteja devidamente uniformizado e procure o Almirante Crowel no porto da Carolina do Sul.

Att
Almirante Brostein

- Oh! Não! Droga! Droga! – Ir em missão para Oriente significava que ficaria no mínimo uns dois meses no mar. Algumas missões de seis meses à um ano e precisaria me afastar de Ness por um longo período. Os meus planos de casamento estavam completamente fora de questão naquele momento. Se bem que havia desistido do pedido após a nossa briga na festa. Mas não queria me afastar dela por um longo tempo.

Comecei a andar de um lado para o outro, pensando no que fazer e como dizer a ela que iria embora. Quem nem mesmo sabia exatamente o meu destino e nem quanto tempo ficaria fora. Senti uma dor tão grande naquele momento, que tive vontade de ignorar a mensagem e não ir. Mas sabia que se fizesse aquilo, seria preso por deserção e as coisas só se complicariam para nós.

Por mais difícil que fosse para mim, precisava dizer adeus e não conseguiria dizer tudo pessoalmente. Era fraco demais para dizer que desisti de casar com ela naquele momento, que desistir de lutar pelo seu amor e passar por cima do meu orgulho. Que ela não estava preparada para a nossa relação e que deixaria por conta do tempo o seu amadurecimento... Como dizer essas coisas para mulher que ama¿ Não teria coragem. Resolvi então escrever uma carta e entregá-la na nossa despedida no aeroporto. Quem sabe assim conseguisse entender os meus motivos. Senti medo da decisão que tomaria, mas naquele momento era a única que me caberia... Tinha que dizer Adeus.

Ness,

Desde a primeira vez que a vi sentada naquela pedra eu a amei. Amei mais do que pensei que fosse possível, mais do que deveria e poderia. E foi em nome desse amor que abri o meu coração e me entreguei de corpo e alma.

Apesar das circunstâncias tristes que nos uniram, ao seu lado passei os melhores momentos da minha vida, e pela primeira vez me mostrei para alguém, tirando a máscara que escondia a minha dor, e fiz amor de forma intensa.

Sempre levarei comigo a tarde linda que passamos juntos. Seus olhos sempre estarão reluzindo em minha mente... Os nossos momentos foram os mais intensos e felizes da minha vida.  Pode ter a certeza.

Sinto meu coração doer só de pensar em ficar longe de você. Mas infelizmente isso é necessário... Inevitável.

Amo você, menina... Amo muito e dizer adeus é mais difícil do que pensei que seria.
Não tive coragem, não fui homem o bastante, para dizer isso tudo olhando em seus olhos. Certamente desistiria de partir e seria preso como desertor.

Estou partindo para um país distante, que nem mesmo sei onde fica, não sei quanto tempo permanecerei por lá e nem se voltarei vivo. Por isso não acho justo pedir que me espere.
Por mais que me custe dizer isso, sei que é necessário e não posso ser egoísta para pedir que me espere. E o que posso dizer nesse momento de despedida, é para você seguir a sua vida e tentar se feliz sem mim.

Queria muito te trazer comigo, queria te pedir em casamento e te levar para Pearl Harbor comigo. E teria feito isso ontem à noite, se as coisas não houvessem saído do controle.
Percebi naquele momento, que você não está preparada para o tipo de relação que quero te dá. Que ainda precisa de um tempo, para viver sua vida e amadurecer, só assim as coisas entre nós daria certo.

Você ainda viverá grandes paixões, terá muitas baladas, amigos, novidades na sua vida e experiências boas que te acompanharão pelo resto de sua vida. Não quero roubar esses momentos de você, levando a para viver comigo, fazendo a esperar muitas noites enquanto estou no mar,fazendo a chorar com o meu mal humor, machucando a com  palavras duras, sendo insensível com o meu ciúme do fantasma do meu irmão... Não posso! Simplesmente não posso.

Não quero te magoar com as minhas palavras. Na verdade nunca quis e acabei fazendo isso mais de uma vez, após perder a cabeça com você. E sei que sou o único culpado disso. Nem posso te chamar de imatura, porque eu sabia exatamente o momento em que estava vivendo, como tudo estava te afetando e como se apegou a mim para acalmar o seu coração.

Isso tudo me faz ver que fui mais imaturo do que você, que deixei as minhas frustrações e traumas interferirem na nossa relação e acabei sendo grosso demais. Por isso eu te peço perdão... Mil vezes perdão.

Sempre guardarei os nossos momentos em meu coração. Pensarei em você todos os dias e pedirei a Deus para que cuide bem do seu coração. Também pedirei que um dia traga você para mim. Mas não sei se essa é a sua vontade.

De uma coisa tenho certeza, você não cruzou o meu caminho por nada e se estiver escrito no nosso destino, um dia voltaremos a nos encontrar e seremos felizes juntos... É nisso que me apego para seguir em frente e tentar viver sem você... Está doendo muito. Pode ter a certeza disso.

Repetirei mais uma vez para que não te reste mais dúvidas sobre o meu sentimento.
 E U T E A M O!!! A M O M U I T O!!!

Agora é hora de dizer “Adeus” e pedir que perdoe a minha covardia.

Se puder, seja feliz por nós dois.

Com amor,
Jacob Black


Nota Glau
Sei que querem me matar por esse cap, mas mais uma vez peço para confiarem em mim.
A vida real é dura e as pessoas precisam trabalhar e estudar. Ninguém vive de amor e de romances. As pessoas precisam trabalhar e estudar. E por conta disse muitos romances adolescentes acabam. Os velhos amigos acabam ficando para trás e fazemos novos na universidade.
Eu vivi isso e certamente muitas já viveram ou vão viver esse momento. Mas eu acredito em destino e sei que as coisas acontecem na hora certa.
Os dois se conheceram em um momento complicado de suas vidas. E agora precisam seguir os seus caminhos, mas o destino ainda reserva muitas novidades para eles.
Então peço que esperem mais um pouco para os novos acontecimentos.

Obrigada por tudo e bjs no core!

--xx--

n/heri: Nossa que lindo, muito fofo desabafando com MAMI... e declarando: EU PRECISO DELA MAIS QUE O AR QUE RESPIRO... ah Deus! O cara sonha com ela sendo a mãe do filho dele...isso não existi só TIA GLAUCIA que faz. Ah não! O que foi isso? A Ness de Opossing baixou aqui. Keruxupabanana...............kkkk..
.ela termina o capitulo nos destruindo com essa carta de despedida...morri, sem palavras.
Qtos mais comentários mais ela escreve rapidinho...vcs já sabem o segredoOO...

Transformação - Capítulo 15 de 'Pense Em Mim'

Capítulo 15: Transformação


Me levantei mais ou menos umas 10 horas  e estava de ótimo humor. Desci as escadas e o Fred já estava acordado jogando vídeo-game na sala e nem sinal do meu pai e a Bella , fui direto pra conzinha estava morta de fome, entrei na conzinha e Srª Brida estava lavando as louças de costas pra mim.

_Olá, Srª Espiã. – Falei brincando, só pra chatear sentei-me à mesa e comecei a comer uns pães de queijo.
_Oi. – Respondeu toda sem graça, nessa hora meu pobre coração teve dó. A observei analisando o que poderia fazer pra que um cara se interessasse por ela, acho que poderíamos começar por uma transformação, eu a faria nascer de novo.
_Srª Brida, vou me vestir  e a senhora pode largar esses pratos, vamos ás compras! - Anunciei já saindo, me vesti rapidamente  e na volta resolvi entrar no quarto dela, ela já estava vestida, mas levou um susto com a minha entrada repentina.
_Eu já estou quase pronta. – Disse ajeitando o cabelo no coque. Mal sabia ela que essa seria a ultima vez que ela faria esse horror no cabelo, abrir o closet dela e quase vomitei, parecia roupa de museu, coloquei tudo em uma sacola.
_O que você esta fazendo com as minhas roupas? – Perguntou preocupada.
_Vou doar pra uma instituição de caridade, são o fim das roupas, estão muito  alem do vale da breguice, serio são do século passado, sem querer ofender.
Mas elas são discretas e formais e.. – Começou a resmungar.
_Olha  Srª Brida, discreto e formal são duas palavras que não tem nada haver com sexy e conquistadora, ok! Não quero ser mandona, mas vê se me obedece, vou pegar o carro e te espero lá fora,não demora !

Fui nada mandona.

Sai e fui pegar as chaves do carro com o Fred, que estava com a Barbie no telefone só pra variar, mas dessa vez parece que o lance não era ‘eu amo mais, não eu  é que amo mais’.

_Você está sendo injusta Susan, larga de ser criança! – O ameba estava sentado no sofá. Ele tinha deixa o Video-game de lado, o que não é um bom sinal.
Me aproximei devagar e só peguei as chaves que estavam no bolso dele, como estava concentrado no telefonema, nem ligou. Tirei o carro da garagem e nada da Srª Brida, comecei a buzinar e depois de uns dois minutos é que ela apareceu com um xale de tricô nas costas. Fala sério! Isso não é mais usado hoje em dia! Preferi nem comentar, estacionei em frente ao meu shopping preferido Design´sshopping.

_Srª Brida, conheça o seu novo melhor amigo! – Falei animada.
Desci do carro praticamente guinchando ela, que estava mais resistente que uma mula empacada, ate parecia que nunca tinha ido em um shopping antes.

Será?

Entramos na primeira loja e fui observando umas araras enquanto a Srª Brida observava outras.
_Olha que linda Nessie, vou levar. – Olhei pra blusa laranja toda florida descrente. O que é que ela viu de linda ali?
_Sinto muito, mas se quer a minha ajuda, vai vestir o que EU disser.

Olha eu não sendo mandona de novo!

Escolhi um conjunto de blusas que realçava os peitos dela, que era a única parte mais chamativa, sem parecer vulgar e oferecida.
_Experimenta essas. – Entreguei um monte de blusas, calças e até sutiã de renda preto que levantava os seios, super sexy.
_E então .. – Perguntou ansiosa, quando saiu do provador.
_Hmm.. – Coloquei as mãos no queixo, analisando o conjunto, a blusa com o sutiã realmente tinha dado uma valorizada, a calça ficou muito frouxa, e o sapato é horrível.
_Vamos comprar mais dessas blusas e outros sutiã e calcinhas mais.. Digamos provocantes. – Brida arregalou os olhos.
_Meu São Crispim, não quero virar promiscua á essa altura da vida. – Exclamou horrorizada.
_Olha só Brida, larga de drama, ok! – Escolhi mais algumas peças de roupas pra ela vestir. Vestidos, saias, blusas, calças, sapatos, bolsas e ela só reclamando. Haja paciência!
_Olha, acho que por enquanto, roupa é só, vamos escolher uns acessórios ali nas Tifanny´s, adoro aquela loja!
_Ta. – Bufou irritada. – Até agora você disse isso em todas as lojas que entramos. E  olha o respeito ,onde está o Srª??
_Primeiro lugar só por que alguém diz dona ou te trata por senhora não significa que te respeite, Em segundo o Srª morreu! Você agora é simplesmente Brida, uma senhorita gata, sexy e muito pegadora.

Entramos na Tifanny´s e a loja estava lotada de gente. Comecei a escolher uns brincos pra Brida,comprei também um kit de maquiagem e a vendedora foi ensiná-la a usar  e ela só ficou calada observando.
Enquanto isso eu continuei comprando, comprando , comprando. Quando a voz de Brida chama minha atenção, reparo que as orelhas dela nem furada são. Pode! Fomos furar a orelha, ela fez um escândalo, até parecia que estava dando a luz.

Saímos da loja entupidas de sacolas.
_Agora já podemos ir embora?? To cansada, com fome, já são duas da tarde! – resmungou Brida.
_Ainda não. – Olhei pras pernas cabeludas dela e sorri me lembrando do dia em que depilei a virilha a primeira vez. – Ainda tem muita coisa, você não perde por esperar. Faremos assim, vamos à praça de alimentação almoçar e depois continuamos.

Chegamos na praça de alimentação e pedimos o almoço.
_Podia me falar sobre o seu agraciado, Brida? – Perguntei curiosa.
_Há.. – Mirou as próprias mãos, envergonhada. – Eu o conheci no supermercado, ele é gerente lá, ele é viúvo e tem uma filha de 5 anos ,é um senhor muito simpático e se chama Caius.
_Um senhor? Quantos anos?
_Hmm..- Ela foi interrompida pelo garçom, que trouxe nosso almoço, após ele se retirar ela continuou. – Tem uns 50 anos, sua mulher morreu de câncer a uns 4  anos, ele se mostra muito solitário, nunca fui de me interessar por ninguém em todos esses anos eu nunca olhei diferente pra homem nenhum e nunca senti falta disso, mas esse tem alguma coisa, quando converso com ele eu sinto- me calma e sinto uma agitação no estômago.

_Borboletas! Eu sinto isso também.. – Disse agitada.
_Ele é um bom homem, e a filha Sury é um amor, ela precisa de uma mãe. – Disse sonhadora.
_Todos precisam, mas.. – Afastei o prato vazio pra observá-la melhor. – O que quis dizer com “saímos um dia e eu acabei estragando tudo”?
_ Ele acabou me dando o numero do telefone dele, e eu o convidei pra sair, não tenho experiência e quis levá-lo ao lugar em que eu tenho mais afinidade, então.. O convidei a assistir a missa comigo.
_O que?  Marcou um encontro na igreja? Aff.. Mesmo se o coitado tivesse intenção de te agarra,r ele nunca faria isso numa igreja, sabe com isso você passou a imagem de sou uma beata e que só quero amizade. – Disse sincera.
_Por isso disse que estraguei tudo, depois desse encontro ele não me atendeu mais. – Toquei suas mãos  em forma de conforto.
_Olha, eu não sou tão experiente quanto você pensa, eu só dei aquele livro pra família Barbie por que queria que meu irmão passasse vergonha na frente dos sogros, eu nunca nem mesmo li aquele livro, nunca tive um namorado sério, já fiquei com alguns caras, mas eu sou virgem.. Tudo que  sei são só teorias, mas vou te ajudar, no que eu puder! – Falei determinada. – Primeiro você vai ter que mudar esse comportamento de menina moça e nunca fui beijada, pra uma garota selvagem rebelde estilo Sharon Stone, outra coisa quando um cara te dar o telefone dele ao invés de pegar o seu, é por que ele não ta afim , pelo menos ainda. E esquece o lance do mico da igreja, acredite eu já passei por piores e a gente supera.
Abri minha bolsa procurando um batom, enquanto falava e vi meu celular piscando, quando fui checar o visor, tinha 10 chamadas não atendidas do Jake. Disquei pra ele enquanto continuava com meus conselhos. – E por ultimo Brida, uma mulher nunca em hipótese alguma, deve convidar um homem pra sair..

Jake atendeu nessa hora .
_Ness , to te ligando á algum tempo , tava dormindo?
_ Não, eu não tava com o celular em mãos, desculpe. – Justifiquei.
_Tudo bem, minha linda é só porque eu estava..
_Com saudades, eu também estou, sabe eu tava olhando, vai passar Tristão e Isolda nos cinemas hoje, a gente podia assistir quê que você acha?
_Eu adoraria , te pego ás sete então?
_Claro! Um beijo.
_Beijo, meu raio de sol. 
Desliguei o telefone, com um sorriso de orelha a orelha e Brida estava me olhando de um jeito estranho, quase acusador.

EITA O QUE EU FIZ?

Após o almoço passamos em uma loja e compramos o ultimo item, um celular pra Brida dar o numero pros gatinhos e seguimos pra principal transformação. O salão. Primeiro depilação, entramos na sala e avisei a moça que iríamos querer depilação completa, eu resolvi fazer também pra dar um apoio moral. Quando a mulher mandou ela tirar a calcinha Brida me olhou atravessado.
_Tira logo, ela não vai te estrupar! – Sussurrei pra ela, que tirou sem graça e deitou na maca, eu fiz o mesmo, menos sem jeito, por que eu já tinha feito isso antes.
_Os pêlos estão meio grandes, vou ter que cortar um pouco senão vai doer mais, ok? – A depiladora disse a Brida, que só resmungou um.
_Aham.
A moça voltou com a espátula e com a cera, a Brida continuava com as pernas fechadas.
_Pode abrir as pernas, meu bem? – Brida abriu um pouco. – Não, tem de ser mais. Arreganhada mesmo igual quando você vai dar á luz . – A Brida já estava da cor de tomate, e eu só não ria por que estava me segurando pra não gritar e assustá-la mais, a coitada estava quase tendo um enfarte..

A moça começou a passar  a cera quente e Brida relaxou, até a hora em que a moça puxou.
_ Maldiçããããããão! – Brida ficou roxa.
_ Tudo bem? – Perguntou a depiladora, preocupada.
_To.. To bem. – respondeu com lágrimas nos olhos.
Ela continuou puxando e eu que já havia terminado desci da maca e fiquei observando a Brida, que mudava de cor a cada puxada.
_Quer que eu tire dos lábios ?
_Lábios? – Perguntou Brida, colocando a mão sobre a boca, eu me adiantei.
_Não, por favor, ela vai morrer se tirar daí, obrigado. – Assim que terminou saímos da ala de depilação e a Brida andava engraçado com as pernas meio abertas.
_Eu nem tenho bigode, porque ela tava perguntando se queria que tirasse dos lábios? – Perguntou Brida com inocência.
_ Brida, ela tava falando dos lábios dela lá, ó!  – Apontei pra dita cuja, pra ela entender.
_ CRUZES! – Brida arregalou os olhos. Gargalhei com sua expressão.

Chegamos à ala dos cabeleireiros.
Entrei no salão e encontrei com AroPink meu cabeleireiro preferido.
_Nessie amada! – Disse todo escandaloso quando me viu, colocou as mãos na cintura. – Sentiu saudade do seu escravinho aqui, não foi?
_Arozinho flor, eu te trouxe um desafio. – Brida que estava atrás de mim distraída com os instrumentos do salão se colocou na minha frente.
_DEUS! – Exclamou colocando uma mão na boca. – Amadinha, de onde esse ser saiu?  – Puxou a Brida e a fez sentar na cadeira de frente pro espelho. – O seu cabelo esta gritando socorro! E que coque choroso é esse? Oooooh tristeza. AroPink deixando o mundo mais glamoroso e maravilhoso, terei que reunir todas as minhas forças, isso é mais que desafio, eu serei o Michelangelo e você a minha Capela Sistina. Precisarei de reforços, projetos de assistentes aquiiii.. – Gritou todo dramático e escandaloso.

Ele começou a pintar o cabelo dela , enquanto outros faziam a unha  e maquiavam. Fiquei na sala de espera folheando uma revista enquanto ela terminava. Depois de algumas horas Brida retorna.
_Estou pronta vamos?
Levantei as vista e quase tive um troço.
_EU.NÃO.ACREDITO! – Gritei eufórica.
Srª Brida tinha trocado de corpo só pode! Estava realmente sexy. Estava vestindo um vestido preto justo, os cabelos estavam loiros e sem seus  óculos ridículos, os seus olhos azuis realçavam bastante.
_Meu Deus Brida, vê se não dá em cima do meu Pai, eu até que gosto da amigada. – Falei brincando. Ela estava incrível.

[...]

Chegamos em casa e Brida foi pro quarto guardar as coisas, o próximo passo seria ir como quem não quer nada no supermercado onde o tal agraciado trabalha, mas isso agora só amanha.
Resolvi ir ao quarto do Fred ver como ele estava, já que quando eu sai ele não estava muito bem com a Barbie. Entrei e ele estava no computador.

Passos escuros – Hevo84

_Oi Fred, tudo bem?
Ele se virou e olhou pra mim, se voltando pra tela do PC logo em seguida.
_Hããããm.. Mais ou menos. – Disse triste.
Olhei pra tela do computador e ele estava conversando com a Barbie e pelo jeito a coisa tava feia.
Não sei se dá pra continuar.. Você não se importa comigo!’ – Chegou uma mensagem da Barbie meu irmão suspirou e minimizou a página.
Era obvio que ele realmente gostava dela.

_Não agüento isso mais. – Disse virando a cadeira e se voltando pra mim.
_O que ta rolando, Fred? – Perguntei preocupada.
_A Susan ta num DR  lascado. – Fez uma careta.
_Isso é normal, sabe todo casal passa por discussão de relação.
_Não é discussão de relação não, é drama  mesmo. Acredita que ela disse que nosso relacionamento ta frio, ta isso e aquilo. – Disse meu irmão cabisbaixo. – A gente vive brigando agora. – Passou as mãos pelos cabelos e no computador a janela do MSN em que ele conversava com a Susan piscava sem parar.
_Acho que é o nosso fim, Nessie.. – Disse choroso.

Respirei fundo e pedi licença pra ele, ele saiu da cadeira sem entender. Maximizei a página e digitei.

_’eu mudei por você, você diz que eu não me importo contigo, mas todo mundo vê que eu sou louco por você, relacionamentos a gente constrói dia após dia juntos,você não pode Barbie.. – Ops! Apaguei o Barbie e continuei. – Você não pode Susan, dizer que eu não sinto nada por ti, se não der pra continuar será exclusivamente por sua conta, porque de minha parte eu respiro só por você.’ – Terminei e enviei, meu irmão me olhava angustiado após alguns minutos que pareceram eternidade ela enviou uma resposta.
_’Nossa Fred, amor eu até chore.. você nunca me disse nada semelhante, esquece o que eu disse, você também é tudo que me faz viver .’
Me levantei da cadeira e olhei meu irmão que estava radiante. Me abraçou de supetão e eu retribuir o abraço, tinha tempo que eu não me entendia com meu único irmão, a gente se implica mais eu amo ele.
_Valeu Ness, você me salvou! – Agradeceu.
_Eu não disse nenhuma mentira Fred, eu sei que você sente isso, vejo em seus olhos, só tem de aprender a dizer o que você sente.
_Eu sei. – Abaixou a cabeça e me soltou, pegando em minhas mãos. – Eu te amo Nessie.

Sai do quarto do Pinóquio, com choro entalado na garganta. Mas me recompus rápido, afinal eu ainda tinha um encontro!

O Primeiro Beijo - Capítulo 5 de 'Ultraviolet'

CAPÍTULO 5: Primeiro Beijo.



- Ai meu Deus, como vocês estão imundos! - Exclamou minha mãe, me libertando daquela cena constrangedora - Já pro banho os dois.

Desliguei a mangueira que ainda jorrava água e fui em direção ao banheiro sem encarar o Jacob.
Entrei debaixo do chuveiro e apesar de água esta fria, eu fechei meus olhos e me permiti ficar em total estado de petrificação, eu não me permitia pensar em nada porque no fundo eu sabia que se fosse pensar em algo eu pensaria na cena bizarra que tinha protagonizado lá fora.
Respirei fundo relaxando. Enquanto as gotas do chuveiro massageavam minha pele.

PDV JACOB.

O almoço estava muito saboroso, era incrível como esse lugar transmitia paz.
Meu pai e Tia Isa estavam trocando carinhos deitados em uma rede na varanda.
Enquanto a minha nova Vó estava bordando sentada em sua cadeira de balanço.
Olhei em volta o dia ensolarado, os galos cantando no quintal.

Tudo estava em paz.

Vi a Patricinha olhando a paisagem tão maravilhada quanto eu. Ela pegou-me a observando e soltou.

- Quê que foi perdeu alguma coisa aqui? - Perguntou áspera.

Ta ok. Essa menina sabe mesmo estragar um clima.

- Uhum os ovos da égua, tá ai com você?


- Ta sim, perai que eu vou pegar pra você – Ela enfiou a mão no bolso e fez como se fosse pegar algo e me mostrou o dedo – Ta aqui ó.


Aff!

Levantei-me da varanda e fui para meu quarto.

Joguei-me na cama e acabei pegando no sono.

[...]

Acordei na hora do lanche, e Vó Renée havia feito bolo de chocolate.

Quando entrei na sala com a cara amassada. Nessie já veio me oferecer com um sorriso sapeca.

- Quer bolo Jacob?


A olhei desconfiado, Credo essa menina é bipolar. Ela é a contradição em pessoa.

- Não de você.


- Oh que isso, vocês são irmãos deve ser amigos, você sempre quis ter um irmão Nessie querida - Disse Renée me dando uma fatia de bolo com café.

- Não somos irmãos - Nessie resmungou.

- Mas que bobagem é claro que são. E você Jake, também é filho único? - perguntou-me sorridente.

- Sim, sou.


- Não é mais, agora tem a Nessie por isso vão se acertar logo, vão ver.


- Espero que ele acerte é o caminho de volta pra Londres - Nessie murmurou carrancuda.

- Vou acertar, assim que você tiver acertado o seu para Filadélfia Morgana.


- Não podem ficar nessa de gato e rato. Devem fazer uma trégua. - Interveio Renée

Tudo bem. Trégua? - Disse cuspindo na mão e oferecendo um cumprimento só para provocá-la.

- Argh! - Disse ela saindo indo pro quintal da casa, fui atrás e disse.

- E aí quer ir ao rio agora? - Perguntei á ela de súbito.

- Hein? - Murmurou ela confusa.

- Vamos pausar nossas briguinhas por enquanto, tô afim de nadar.


- Hã.. Tá pode ser.

Pegamos toalhas e roupas de banho e fomos para o rio, o caminho era um campo aberto cheio de arvores frutíferas.

- Aqui é muito lindo mesmo. - Falei extasiado quando chegamos ao rio.

Suas águas eram cristalinas e uma brisa leve soprava-nos.

- Quer dizer então, que quando vinha aqui nunca banhava? - perguntei curioso.

- É claro que banhava.


- Como? Com bóia de patinho? - perguntei tentando irritá-la.

- Não.. De ursinho - Disse ela sorrindo torto.

_Hahahaha


Tirei a camisa e as calças já que eu já esta com a sunga. A patricinha tirou o vestido e eu engoli em seco vendo seu corpo com o minúsculo biquíni.

Ela era realmente estonteante. Seus traços delicados lhe conferiam tanto charme e sensualidade que tive que me lembrar que ela era a Patricinha mimada pra não fazer nenhuma besteira.

Respirei fundo me recompondo.

- E então pronta?


- Aham.


- Vamos entrar.


Ela entrou na água fazendo careta, e eu a segui. A água estava um pouco fria, mas alguns instantes depois nos acostumamos.

- Então Ness o segredo é bater os pés e puxar a água pra trás, tá entendendo..agora vai - Disse á ela.

Ela nadou um pouco e depois acabou afundando.

- Vai de novo.


Ela repetiu o gesto e afundou de novo.

- Talvez você devesse engoli uma piaba viva assim aprenderia a nadar.


- Quê?


- É, diz a lenda que se você engolir um peixe vivo aprende a nadar quer tentar? Vou pescar uma pra você.


Ela fez uma careta e depois assentiu.

Armei uma isca no anzol que tinha encostado em uma arvore junto ao rio e lancei  pescando uma pequena piaba.

- Toma - Entreguei a piaba pra ela que me olhou enojada.

- Engole logo mulher.


Ela fechou os olhos e engoliu de uma vez.

- Caramba não achei que fosse mesmo engolir.


- Argh! Que nojo. Mas vem cá a lenda é verdadeira né? Quer dizer você não inventou isso só pra me fazer engolir esse troço não né?


Revirei os olhos á pergunta dela.

- É claro que não inventei nada, pára de drama considere isso como sushi é.. Comida chinesa.

Após alguns minutos ela tentou nadar de novo.

Tentamos até que ele nadou mais uns 30 minutos afundando de vez em quando.
Depois ficamos só boiando enquanto a luz do sol invadia as águas do rio.

- Não sabia que você fazia o estilo garota do campo, não. - Falei enquanto seguíamos de volta para casa.

- É..eu gosto muito daqui. - Disse ela sorrindo.


- Sabe acho que eu estava enganado sobre você..quer dizer, acho que talvez ainda haja alguém ai dentro..alguém realmente legal - Disse sorrindo.

- Mas eu não posso dizer o mesmo de você, ainda continuo te achando um idiota - Disse ela sorrindo torto.


Musica : http://www.youtube.com/watch?v=Jyhm1bcEo6E&feature=fvsr



- Olha só isso - Ela disse maravilhada parando para ver o sol que já estava se pondo por trás das montanhas deixando no horizonte uma incrível coloração de laranja com rosa.

- É lindo.


Olhei o pôr do sol e virei para ela, vendo sua pele dourada se acender com a luz do ambiente, seu sorriso iluminado, seus olhos azuis como o oceano, seus cabelos loiros da cor do sol.

- É realmente lindo - Sussurrei hipnotizado.

Ela me olhou confusa pela intensidade contida em minha voz.

- Porque você ainda é BV? - Soltei sem pensar.

- Hã.. Acho que é por que eu nunca beijei ninguém, não é o que dizem? BV, boca virgem. - Disse ela brincalhona.

- Sim eu sei, mas aposto que teve inúmeros pretendentes então por que..


- Não sei. Acho que não foi o momento eu estava esperando não sei bem o que.. Mas agora eu vou deixar de ser, quer dizer eu..


- Quer mesmo deixar de ser?


- É claro que sim, que espécie de pessoa quer permanecer assim, é uma vergonha pra uma garota de 17 anos nunca ter sido beijada. Mas por que a pergunta? - Perguntou-me confusa.

Respirei fundo olhando em seus olhos azuis sabendo que assim que eu voltasse a mim, me arrependeria do que estava prestes a fazer. Sem pensar direito eu peguei em seus braços e disse.

- Sendo assim eu posso te ajudar.


- Hein?


Antes que eu pudesse lembrar meu nome ou quem era ela, a beijei com toda a intensidade que sentia em meu coração, ela enrijeceu de súbito e achei que fosse empurrar-me, mas aos poucos cedeu.

Eu contornei seus lábios com minha língua sentindo sua textura macia, minha língua invadiu sua boca procurando a sua e quando elas se encontraram, eu me senti estremecer.. Sua boca tinha um gosto tão doce e suave como o mais caro e precioso mel que eu era o primeiro a descobrir. Todo meu corpo formigava, enlacei sua cintura aprofundando o beijo, senti seu perfume delicado invadir minhas narinas.

Passei as mãos em seus longos cabelos que tinham o mesmo toque de seda. Ainda beijando-a com toda a minha alma. Esqueci de tudo ali..tendo aquela garota em meus braços.

Afastei-me dela arfando ainda com os olhos fechados hipnotizado pela magia do momento, abri meus olhos devagar e ela assim também o fez, ela me olhou boquiaberta e confusa por um tempo, engoliu em seco e me Deu um grande tapa na cara.

- Tá louco garoto? Perdeu o Juízo? - Perguntou ela revoltada.

Eu engoli em seco sem saber o que dizer.

- Se tocar em mim de novo eu arranco a sua mão fora. Idiota. - Disse se afastando pisando duro.

Passei as mãos pela cabeça revoltado comigo mesmo.

Ai Black como você é Burro, Burro!


Meninas obrigadoo pelas recomendaçoes voces me fazem a autora mais feliz desse mundoo todo
Love Yous
Larah16 e Mah_Cardeal

Déjà vu Part. 1 - Capítulo 3 de 'O Nosso Amor Vai Nos Mostrar Tudo'

Espero que gostem amores.

Esse é o link da música inicial, a letra da música é linda, por isso, tem duas versões.

Em inglês:http://www.4shared.com/audio/aQoFMSQi/It_will_be_me_-_Melissa_Etheri.htm

E em português:http://www.4shared.com/audio/lzQCPf7x/Irmao_Urso_2_-_Lembre_de_mim.htm
Beijones.








Capítulo 3 – Déjà vu – Part. 1 – Pov. Jacob


Deitado sobre a cama, a consciência bateu em mim, eu ainda não queria acordar, na verdade, se eu morresse enquanto dormia, estava ótimo para mim, depois de um dia em que tudo deu errado, que eu ganhei um ótimo emprego, casa nova e mais dinheiro, perdi a única coisa que significava na minha vida, uma coisa eu não podia perder, uma coisa que eu não podia viver sem... Renesmee.

Meu corpo estava mole de cansaço, todos os músculos do meu corpo doíam, meus joelhos ardiam como se estivessem feridos, uma dor de cabeça tomava conta da minha mente como resultado de tantas lágrimas na noite anterior, abrir meus olhos era difícil, era como se eles estivessem colados, fiz um grande esforço e consegui abrir, minha visão era embaçada e quando eu fazia esforço para enxergar normalmente, meus olhos ardiam muito.

Quando minha visão voltou ao normal, percebi que tudo estava como no dia anterior, as malas de Ness haviam sumido misteriosamente, mas tanto faz o que deveria ter amanhecido ao meu lado, eu nunca mais veria.

Percebi também que eu tinha dormido tão encolhido na cama com o caderno da Ness, que minha coluna vertebral doía muito, me estiquei sobre a cama macia tentando dissipar a dor física que sentia, mas era quase impossível. Sentei-me na cama ainda com o caderno em mãos, suspirei fundo sem ânimo para levantar, mas assim o fiz, hoje seria um péssimo e longo dia, eu teria que ligar para os Cullens para avisar da... Morte de Ness, que nem me acostumei ainda em dizer isso, era como se ela ainda estivesse aqui ao meu lado, eu ainda posso sentir seus toques, seu cheiro, sua presença aqui comigo.

Levantei-me da cama devagar por causa das minhas pernas torpes, percebi que era bem mais cedo do horário normal que eu acordaria se hoje fosse um dia normal, não passava de mais do que as 06:30 da manhã, o dia tinha acabado de clarear e resolvi ir ao banheiro tomar um banho, já que eu não conseguiria mais dormir. Caminhei até o banheiro e parei na frente do espelho para olhar para o meu rosto.

Eu estava em um estado deprimente, meus olhos estavam vermelhos e muito inchados de tanto chorar, cheio de olheiras, minha cara estava toda amassada do mau jeito que eu dormi ontem e o pior que seria assim para o resto dessa coisa injusta que as pessoas denominam de vida, tanta gente ruim que mata pessoas sem dó nem piedade e estão vivas, enquanto Ness uma garota que ainda tem tanta coisa pela frente, uma criatura boa, morre daquele jeito trágico, ao me lembrar da cena da batida seguida por uma explosão, uma lágrima escorreu pelos meus olhos e eu sai da frente do espelho.

Deixei seu caderno em cima da pia, tirei minha Box e coloquei no cesto de roupas sujas, abri o Box do banheiro e entrei, liguei o chuveiro e encostei meu corpo sobre a parede e fechei meus olhos, deixando os pingos de água escorrer.

Comecei a lembrar dos nossos momentos juntos, a primeira vez que eu a vi.


** Flash Back On **
Eu e Paul tínhamos ido à cidade com Sam que estava secando Emily, uma garota da Escola Primária de Forks, já que morávamos em La Push estudávamos na exclusividade da reserva.

 Sam era mais velho que nós, eu e Paul tínhamos apenas 9 anos e ele 11, na verdade eu fui arrastado, porque eu gostava mesmo era da Leah que era louca pelo Sam e ele nem ligava pra ela, Leah era muito ignorante e cheia de não me toques, mas comigo ela se dava bem, então eu não queria ficar perdendo tempo ali na frente da escola dos “caras pálidas” enquanto minha mina tá lá em La Push sendo secada por vários.

Bom, eu gostava da Leah, até que um anjo veio correndo para fora do colégio, ela estava com um vestidinho rosa e uma boneca quase do seu tamanho nos braços, seus cachos soltos ao vento brilhavam, como seus olhos cor de chocolate, a garota aparentava ter uns 8 anos, eu engoli seco, como eu dizia, eu gostava da Leah, passado, dali em diante eu tinha certeza que amava aquela garotinha com todas as minhas forças.
** Flash Back Off **


Da primeira vergonha que passei por ela.


** Flash Back On **
Eu estava com minha bicicleta na porta do colégio de Renesmee, eu tinha 11 anos e já fazia quase meia hora que estava aqui a esperando e tinha dado um surto de loucura e criado coragem para perguntar se ela queria carona, ok que de bicicleta não é legal assim, mas só a sua companhia já valeria a pena.

O sinal tocou e vários estudantes começaram a sair do colégio e nada da Renesmee, eu já estava ficando nervoso quando a avisto vindo correndo em minha direção sorrindo estonteante, logo um sorriso atravessou meu rosto.

Olá Renesmee – eu disse sem graça e ela parou em minha frente me olhando meio confusa – quer uma carona para casa? Adoraria ter sua companhia.

Desculpe mais meu pai me levará – ela disse gentilmente apontando para as minhas costas, quando me viro, vejo o senhor Edward Cullen, médico e filho do médico já aposentado Carlisle, encostado em seu volvo me encarando com cara de poucos amigos.

Jacob como você é idiota seu muleque, ela tem apenas 10 anos, acha que o pai deixaria andar sozinha por ai? Ela entrou no carro e saiu, montem minha bicicleta e sai de lá vermelho de vergonha com a cara no chão.
** Flash Back Off **


Lembro-me do primeiro fora que recebi dela


** Flash Back On **
Quer namorar comigo? – eu perguntei na lata e ela arregalou os olhos.
Garoto – ela disse – eu nem te conheço, tenho apenas 11 anos e não quero namorar com você.
Eu adoraria te conhecer – eu disse.
Mas eu não quero te conhecer – ela disse.
Por favor Nessie – eu disse manhoso.
Renesmee – ela disse.
Eu sou feio? – eu disse e ela sorriu ligeiramente, mas disfarçou o sorriso.
- Não... Mas não quero namorar você garoto.
** Flash Back Off **


Do nosso primeiro beijo


** Flash Back On **
Estávamos toda a turma no aniversário de Emily em que só tinha adolescentes, nada de adulto, eu tinha 14 anos e Ness 13 e estávamos brincando de 7 minutos no paraíso, até que Emily diz:
Ok, a Ness, tem sete minutos no paraíso com o Jake – Emily dizia sorrindo para mim e vendando a Ness, eu definitivamente a mataria depois daqui.
Ness visivelmente nervosa entrou desajeitadamente no closet e todos saíram do quarto e foram para a sala curtir a festa, eu entrei de vagar e fechei a porta, ela estava abraçada aos joelhos num canto, me aproximei e tirei a venda dela, sabia que a brincadeira não era assim, ela me olhou confusa.
Eu não vou fazer nada que você não queira – eu disse me aproximando e coloquei minha mão na sua nuca – se você pedir para eu parar, eu paro.
Mas ela não pediu isso, ela ficou calada e olhava em meus olhos hesitante, me aproximei e beijei seus lábios delicadamente, dando selinhos neles, eu nem sabia beijar direito ainda e ela concertesa não, mas quando nossas línguas de encontraram foi tão... Perfeito, um beijo calmo, apaixonado, senti pela primeira vez seu perfume de rosas e seus lábios tocando os meus era tão bom, descobri que ela era a mulher da minha vida.
** Flash Back Off **


E da última vez que nos beijamos de verdade e a minha burrice nos atrapalhou.


** Flash Back On **
- Mais foi bom – ela disse se aproximando de mim e passando seus braços fininhos em minha cintura.
 Ela sabe mesmo como me provocar, me virei e ela colou nossos lábios, deslizou com sua mão delicada em meu peito e passou sua outra mão, pelo meu cabelo, apertando-os entre seus dedos, como se estivesse com medo de eu escapar. Como eu iria querer escapar dela? Eu a amo, muito, mesmo não passando o dia inteiro com ela, pois passo a maior parte do tempo trabalhando, para dá-la uma vida melhor, uma vida de princesa, como ela sempre teve com sua família em Forks.
 Nossas línguas estavam em uma sintonia arrepiante e constrangedoramente excitante, eu explorava em cada parte da sua boca com a minha língua, passei minhas mãos por sua cintura fina e bem desenhada e apertei seu corpo contra o meu, peguei-a no colo e me virei, fazendo-a sentar em cima da pia, tirei a minha camisa que estava nela, deixando a mostra sua lingerie sexy, beijei seu pescoço sentindo seu cheiro gostoso de rosas, meu" membro" começou a dar sinais de vida em baixo da toalha molhada.
Passeei com minhas mãos em seu corpo, subindo e descendo pelas suas curvas bem definidas, eu me excitava a cada vez mais, ela entrelaçava suas pernas em minha cintura mais apertado ainda, como se quisesse me prender ali, e eu claro, queria ficar.
Suas mãos passearam do meu abdômen até minha toalha e a fez cair, Renesmee chegou mais perto de mim ainda, mais infelizmente, para o meu total desespero, meu celular começou a tocar no mesmo instante e a realidade caiu como um baque até em mim, eu tinha que ir para o trabalho.
** Flash Back Off **

Das suas últimas palavras

** Flash Back On **
- Não Jacob – ela disse e o meu sorriso evaporou – você vai se mudar.
 - Como assim? – eu perguntei mais confuso ainda.
[...]
- Você me deixa em segundo plano e isso me magoa muito – ela disse chorando mais ainda.
[...]
- Porque eu não agüento mais – ela disse se levantando da mesa – está tudo acabado Jacob.
- Depois de quatro anos juntos? – eu perguntei desesperado.
- Depois de quatro anos de sofrimento Jacob – ela dizia enquanto saia do restaurante e eu a segui.
[...]
 - Não existe mais nós Jacob – ela disse com a voz embargada do choro e sem se virar para mim –agora eu voltar para Forks e você vai se mudar para Chicago, espero que conheça outra mulher e seja feliz, assim como eu tentarei ser também.
[...]
- Ele é seu, para sempre...
 - Desculpe Jacob – ela disse pegando minha mão e colocando o anel ali e fechando, aquilo me doeu muito, mas do que tudo, mas do que todas as suas palavras.
** Flash Back Off **

E agora a mais recente e dolorosa memória, a sua morte.

** Flash Back On **
- RENESMEE – eu gritava e corria – NÃO VÁ EM BORA RENESMEE, NÃO FUJA DE MIM, VOLTA RENESMEE, EU TE AMO, RENESMEE.
Ela me ouviu e olhou para trás, mas se virou novamente para o lado, onde a coisa que eu jamais imaginei que acontecesse aconteceu, a pior coisa que poderia acontecer naquele momento, para o meu total desespero, um carro bem maior do que o táxi que a Renesmee estava bateu no dela e aconteceu uma explosão enorme, minhas pernas não agüentaram e eu me ajoelhei no chão da rua fria, sentia um pequeno desconforto em meus joelhos, mas aquilo era o de menos pois a dor maior estava no que se passava a minha frente: 
 - NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO – eu gritei chorando e olhando a cena na minha frente.
** Flash Back Off **


Ao lembrar-me daquilo tudo, lágrimas começaram a cair como cachoeira dos meus olhos, eu esmurrava a parede com meu punho fechado, até começar a sangrar, gemia alto, dava gritos graves de dor, quando ouço passos de alguém correndo no quarto até o banheiro e abrindo o Box, eu nem me dei o trabalho de olhar, se fosse um ladrão e me matasse agora, eu amaria e se desse tempo, até agradeceria, era o que eu teria fazer mesmo, me matar era a única coisa que eu iria querer fazer, mas sou muito covarde para isso.


Amor? – uma voz suave de soprano perguntou e eu abri meus olhos alarmados com o som me deparando com a criatura mais linda e esplendorosa à minha frente vestindo uma camisa minha, bom, eu só podia estar louco, dei uns passos para frente por extinto – porque está chorando Jacob? Sua mão... Está sangrando, o que houve?

- AHHHHHHH – eu gritei quando ela tocou meu pulso melecado de sangue e ela arregalou os olhos, retrocedi os passos e bati minhas costas na parede, impedindo-me de fugir daquela linda e assustadora visão.

Jacob pare de gritar – ela disse reclamando comigo – o que aconteceu? Porque tá aqui, desse jeito?

Meu Deus – eu dizia devagar tentando acreditar no que eu dizia – o que está acontecendo comigo? Não posso estar louco desse jeito, não, não posso!

Do que você está falando amor? – ela perguntou confusa.

Você não pode estar aqui – eu disse alto e exasperado.

Claro que eu estou, porque não estaria? – ela perguntou delicadamente – você está assustado? Teve algum pesadelo?

Pesadelo? – eu perguntei confuso, sem dúvida alguma aquilo não era um pesadelo, meus joelhos, por exemplo, sangravam e eu lembrava o porque, no dia anterior – não pode ser, foi real demais.

Então... – ela balançou a cabeça como se estivesse tentando pensar em algo – deve ser só da sua cabeça... Volte para a cama comigo e...

Não pode ser – eu disse com muita certeza – mais você... Não pode estar aqui, é uma ilusão, é isso mesmo, uma ilusão.

Jacob pare com isso – ela pediu – eu estou aqui não está vendo?

Mas você... Você... Mor... você... – eu soluçava em meio às lágrimas que caiam e ela se aproximou me olhando.

Deixa eu me aproximar de você ok? – ela perguntou e eu fiquei calado, ela se aproximava de mim hesitantemente, pousou as suas mãos quentes em minhas bochechas e eu senti o calor de sua pele.


Ela era real, real demais para ser uma ilusão.


Está vendo? – ela perguntou e começou a dizer no intervalo de cada selinho – eu... Estou... Aqui... Com... Você!


Eu olhei profundamente em seus olhos castanhos chocolate, ela estava ali mesmo, comigo, meu desejo tinha se realizado, ela voltou pra mim, ou nem se foi, eu nem sabia o que estava acontecendo, eu não tinha uma explicação lógica para o que acontecia, mas isso pouco me importava naquele momento, eu só queria saber que ela tinha voltado, para mim.

Lágrimas rolaram mais ainda e eu já parecia um garoto bobo, ela corou pelo jeito intenso que eu a olhava, como se fosse um novo tipo de diamante ou pedra preciosa que eu acabava de encontrar, ou melhor, acabava de recuperar, suas lindas bochechas tomaram uma cor rosada que a deixava mais linda do que ela já é normalmente.

Ela desligou o chuveiro e pegou minha toalha que estava pendurada no lugar de sempre, e me entregou, saiu do banheiro e foi até o quarto, voltou com uma cueca minha e me entrego, eu vesti e fui até o quarto com ela, ela se deitou e se enrolou, olhei pela janela e ainda estava tudo escuro.


Vem dormir amor – ela disse me estendendo a mão e eu a peguei e deitei-me ao seu lado – ainda está cedo e dá para dormir mais um pouquinho.


Aproximei-me dela e beijei seus lábios lentamente e apaixonadamente, com muitas saudades, paixão, amor, tudo que eu sentia por ela eu expressava naquele beijo e ela retribuía com todo o carinho que sentia com aquele beijo, passou suas mãos pelas minhas costas e subiu e desceu acariciando-me com elas.

Tirei minha camisa que estava em seu corpo, igualmente ao dia anterior, e deitei-me em cima dela, deixei seus lábios para beijar sua mandíbula, bochecha, queixo, cada pedacinho do seu rosto, depois distribui beijos pelo seu pescoço e ela se levantou e passou suas delicadas pernas pela minha cintura, sentando-se em cima de mim na cama.

Passei com as minhas mãos pelas suas curvas perfeitas, seu corpo ardente, quase em chamas, como o meu, por desejo e muito amor, continuei com as caricias e ela suspirava ofegante, subindo e descendo as suas mãos pelas minhas costas, me causando arrepios e choques elétricos por todo o meu corpo, então, quando ela aproximou sua boca do meu ouvido, ela bocejou, cai na realidade na mesma hora, ela deveria estar muito cansada, pois trabalha e estuda o dia todo e ainda é muito cedo, a deitei novamente sobre a cama e deitei-me ao seu lado, ela se virou para mim e disse:


Desculpa – disse bocejando mais uma vez – eu estou muito cansada.

Só descansa amor – eu sussurrei em seu ouvido e ela se arrepiou toda, se aconchegou em meus braços, abracei-a e enrolei nossos corpos, para poder assim dormir abraçadinho com ela.


Em poucos minutos ela já tinha pegado no sono e eu fiquei admirando-a, como aquilo poderia acontecer? Como poderia ser real? Não podia ser real, ela tinha morrido e não era apenas um pesadelo, foi real demais, vívido demais para ser apenas um pesadelo, ela TINHA morrido mais por milagre ou algo sobrenatural que eu não tenho conhecimento, ela voltou, voltou para mim e eu não deixaria acontecer o que aconteceu ontem, eu não a faria sofrer.

Logo eu adormeci...


[...]


O despertador, mais uma vez, tocava irritantemente no meu pé do ouvido,  me fazendo acordar e lembrar das coisas estranhas que eu tinha presenciado mais cedo, na madrugada, minha noiva morta, agora viva ao meu lado na cama, eu queria levantar para ver se aquilo tudo era “mesmo” real, mas a sonolência e o cansaço era tanto que eu apenas tive forças para pegar o despertador que gritava e tacá-lo na parede.

Em poucos minutos senti beijos leves e carinhosos em minha boca, dedos macios acariciando minha bochecha, abri meus olhos com a visão meio turva e vi o anjo deitada em cima do meu corpo, sorrindo o mais lindo sorriso que já vi em toda a minha vida.


Bom dia amor – ela disse me dando um selinho.

Bom dia – eu disse com voz embargada do sono, abrindo um sorriso.

Se continuar deitado assim – ela falava – vai se atrasar para a reunião.

Pouco me importa – eu disse a beijando.


Nossas línguas dançavam no mesmo ritmo dentro de nossas bocas, seu gosto era doce, como o mel, eu apreciava como um tesouro recém descoberto, ela se sentou em cima de mim novamente, fazendo colar as nossas intimidades, afastei meus lábios de sua boca e fui descendo pela sua mandíbula, queixo, bochecha, pescoço e descendo até seus seios, passei minhas mãos por suas costas praticamente nuas para desabotoar o seu sutiã, quando estava perto de assim fazê-lo, meu celular tocou como ontem, eu já sabia o que era, ou melhor, quem era, mas eu precisava de confirmação.

Eu não queriam e afastar de Renesmee, mas eu precisava saber se era mesmo o meu chefe, como no dia anterior, para reclamar sobre o atraso, me afastei e fui em busca do celular no bolso da minha calça na cesta de roupas dentro do banheiro, pudi ouvir Nessie bufando em cima da cama, não queria magoá-la, mas eu precisava saber quem estava me ligando, atendi o celular e do outro lado da linha, a voz grossa masculina, berrou:


Black – meu chefe gritou e eu não precisava mais de nada, desliguei o celular, fui até a janela e joguei lá, Renesmee arregalou os olhos assustada quando eu me virei para ela.

Você está louco? – ela perguntou.

Trabalho não é mais importante do que você – eu disse a jogando delicadamente para a cama e ela abriu um lindo sorriso.


Coloquei cada perna ao lado do seu corpo, beijei seus lábios com amor e muito tesão, me sentei e a coloquei em cima de mim, ela entrelaçou suas pernas ao meu redor, beijou meus lábios com tanto carinho, pousando suas mãos em minhas bochechas e as descendo pelo meu pescoço e braços, causando ao meu corpo arrepios.

Subi minhas mãos pelas suas costas e parei no fecho do seu sutiã, desabotoei deixando a mostra seus lindos seios enrijecidos pelo prazer, beijei delicadamente eles, mas eu estava impaciente demais, queria possuí-la, sentir-me dentro dela, eu poderia parecer um cão no cio, mas só em sentir aquele corpo ardente junto ao meu, o desejo toma conta de mim.

Levantei-me e a deixei deitada na cama, tirei minha Box e a sua calcinha, lentamente, vendo sua entrada molhada pela excitação, dei um leve chupão em sua barriga e abri delicadamente as suas pernas, me posicionando no meio delas.

Ela se sentou apoiando os cotovelos na cama pus meu membro que já estava pulsando de tanto desejo, na sua entrada e fui introduzido devagar, Ness passou suas mãos pelo meu cabelo e seguraram firme a raiz dos meus cabelos e ela soltou um leve gemido em meu ouvido quando meu membro já estava totalmente dentro dela.

Deitei-me por cima dela e comecei a estocá-la devagar, meu membro pulsava louco dentro dela, eu saia e entrava novamente, aumentando a velocidade a cada instante.


Mais Jacob... Oooooooooh


Comecei a estocá-la mais e mais rápido, aquilo se tornava uma frenesi para mim, as estocadas agora estavam rápidas e prazerosa, meu corpo clamava por mais e mais e eu satisfazia, com as estocadas quase violentas.


Oooooooooooh Jacob... Ooooooooooooooooooh – ela gemia alto.

Ooooooh... Eu te amo... Ooooooooooooooooh – eu praticamente gritava.

- Ooooooh, mais... MAIS... – ela pediu gritando.


Aumentei mais ainda a velocidade e senti-a gozar, logo em seguida eu gozei e cai por cima do seu corpo, eu já estava completamente exausto, sai de dentro dela e me deitei ao seu lado, então ela se virou até a mim e deitou-se em meu peito.


Amor – ela disse apoiando o cotovelo na cama para me fitar – você tem que ir para o trabalho, vai se atrasar.

Trabalho não é mais importante para mim amor...

Não Jacob Black – ela disse pegando o lençol e se enrolando – não vou deixar você jogar por água a baixo um trabalho que você ficou três meses organizando, você não vai faltar a essa reunião.

Não dá para discutir com você né? – eu perguntei rindo.

- Não... – ela disse se levantando e indo em direção ao guarda roupas, pegou uma cueca para mim e jogou em cima da cama – agora vista-se e vá fazer nosso café da manhã, porque eu vou passar seu terno.

Tudo bem meu anjinho mandona – eu disse vestindo a peça e dando um selinho nela.


Dirigi-me para a cozinha, abri a geladeira e peguei ovos, peguei uma frigideira e tentei fritá-los, Ness sabe que eu não sei cozinhar nenhum pouco, mas, mesmo assim insiste em me mandar para a cozinha. Quando quebrei um dos ovos, um pequeno pedaço da casca, caiu dentro da frigideira e eu tirei rapidamente, lembrei-me que assim como no dia anterior isso tinha acontecido, então, para evitar as coisas que aconteceram ontem, eu talvez possa impedir lembrando-me do que tinha acontecido no dia anterior e o pior era que a minha memória é muito fraca.


Jacob – ela disse vindo até a cozinha – já terminou?

- Quase – eu disse.

Hoje à noite eu...

Marquei um jantar para nós dois – eu disse a interrompendo.

Que horas?

Ás nove hora essa, acha que eu esqueceria da sua formatura? – eu perguntei rindo e olhando para ela, seus olhos achocolatados brilhavam e seus lábios sorriam um lindo sorriso.

Que bom – ela disse sorrindo mais ainda e foi em direção ao quarto.


Tirei os ovos da frigideira e coloquei sobre a mesa em dois pratos e coloquei o café para coar, só que a lembrança do mesmo momento do dia seguinte veio a minha mente, corri para o quarto e vi Renesmee com o ferro nas mãos e pronta para tocar com seus dedos na parte traseira dele, corri até ela e gritei:


Renesmee não – eu disse, mas ela foi mais rápida e tocou o ferro sem se queimar – você não se queimou?

Ainda estava frio amor – ela disse estranhando minha reação.

Desculpa – eu disse sem graça – achei que ia se queimar.

Tudo bem – ela disse sorrindo e se virando.


Voltei para a cozinha e tirei o café que tinha acabado de coar e coloquei o líquido em dois copos, arrumei tudo na mesa e sentei-me.


O café está pronto Renesmee – eu disse e ela veio até a cozinha e sentou-se na cadeira ao meu lado – Nessie eu tive um sonho.

Você já me disse – ela disse calmamente enfiando um pedaço de seu pão na boca e olhou para mim – o que sonhou?

Uma coisa muito ruim – eu disse e suspirei fundo – que acontecia hoje.

Você não quer contar? – ela perguntou curiosa.

Não tudo – eu disse – mas estou com medo dessa coisa realmente acontecer, tem alguns fatos, que estão acontecendo repetitivamente hoje.

Como assim? – ela perguntou sem entender – que aconteceram no sonho também?

Sim – eu disse.

Amor – ela disse pegando em uma das minhas mãos e acariciando – foi só um sonho.

Não, não foi apenas um sonho – eu disse preocupado – foi real demais para ter sido apenas um sonho, por exemplo, eu sabia que você iria tocar aquele ferro, só que no meu sonho você se queimava.

Deve ser só uma coincidência amor – ela disse tomando um gole do seu café.

Não Nessie – eu disse e ela, mas uma vez me olhou apreensiva – hoje no caminho para o meu trabalho, eu irei quebrar o relógio.

Como pode saber? – ela perguntou com um pequeno sorriso e eu dei um olhar significativo e ela pareceu compreender – deve ser só um déjà vu.

Não, não é um déjà vu – eu disse irritado – eu não quero que aconteça o que aconteceu nesse... Sonho tão real.

Mais o que aconteceu nesse sonho Jacob? – ela perguntou curiosa – porque você não quer me dizer?

Vá se arrumar Ness – eu disse me levantando – você vai me acompanhar até a empresa e ver que eu estou certo.

Tudo bem – ela disse e eu fui em direção ao quarto.


Vesti as roupas que ela tinha passado e que estavam em cima de nossa cama, enquanto Ness se arrumava no banheiro, distraído com meus pensamentos, resolvi ir até ela.

Aproximei-me e dei um beijo leve em seu pescoço, ela sorriu no espelho e se virou para mim, ela tinha vestido um vestido azul marinho folgadinho e ainda estava descalça, percebi que estava fazendo cachos em seus cabelos loiros com o baby liss.

Meu beijo era urgente, nossos lábios se moldavam sem pressa, mas com paixão, nossas línguas brincavam uma com a outra, travando uma batalha deliciosa e prazerosa, passei minhas mãos em sua cintura, fazendo a subir e sentar em cima da pia e ela passou suas pernas em minha cintura, passei minhas mãos por sua coxa, por baixo de seu vestido, parando no limite de sua calcinha, tirando-a lentamente e jogando-a no chão do banheiro, colei mais ainda nossos corpos e meu “membro” lá em baixo já dava sinais de vida, afastamos nossos lábios ofegantes e ela me olhou com tanto desejo e paixão, então ela fez a questão de abaixar minha calça com suas pernas até o limite dos meus joelhos e eu o posicionei em sua entrada.

Renesmee cravou seus dedos em meus cabelos, deu um pequeno chupão em meu pescoço, dando beijos pela minha mandíbula e voltando para a minha boca novamente, comecei a introduzir meu membro nela e quando me senti todo dentro dela, comecei com estocadas lentas, ela gemia baixinho em meu ouvido e isso me estimulava mais ainda.


Jacob... Oooooh, jak... – ela gemia e apertava meus fios.

Geme para mim, geme... – eu dizia passeando minhas mãos em suas curvas perfeitas.

Oooooh – ela gemia mais ainda – eu... Quero... ah.

O que você quer – eu perguntei – diz para mim...

Mais... Forte... – ela dizia sem fôlego – mais rápido...


Eu atendi seu pedido e comecei a entrar e sair dela mais rápido, dando estocadas mais rápidas e fortes, eu sentia o clímax chegando e eu só dava estocadas mais fortes e rápidas para satisfazer todo o desejo e luxúria dos nossos corpos.


- Oooooh Jake, ooooh – ela gritava

Oooooooooh – eu gemia alto.


Chegamos ao orgasmo juntos, senti os espasmos pelo meu corpo e a sensação maravilhosa do orgasmo a inundar meu corpo, meu esperma escorreu para dentro dela e ofegantes e abraçados nós continuamos, sai de dentro dela e comecei a me recompor me vestindo novamente, ela assim também o fez.


Você parece que quer perder o emprego – ela dizia ainda ofegante.

Talvez eu queira – eu disse – se isso significar a eternidade com você.

Jake – ela disse mais eu a calei com um selinho, ela sorriu.


Quando eu me virei para ir em direção ao quarto pegar minha pasta, ouço um grito de Nessie e fico paralisado, virei-me e ela tinha derrubado a baby liss no chão e estava com o dedo vermelho.


Eu disse – eu falei desesperado me aproximando – eu falei que isso ia acontecer, no meu sonho aconteceu, de uma forma ou de outra.

Tudo bem, agora estou me preocupando com esse sonho seu – ela dizia lavando o dedo.


Aquilo concertesa significava alguma coisa, queria dizer que de uma forma ou de outra, as coisas, que eu “sonhei”, realmente acontecem e isso me deixou preocupado, eu não poderia suportar outra vez, ver a sua morte, não poderia, eu morreria junto com ela.


Vamos Nessie – eu disse e ela assentiu.


Saímos do apartamento e fomos andando mesmo para a empresa, depois de um caminho longo e silencioso, paramos à frente da empresa onde eu trabalhava e ela me olhou como se esperasse alguma coisa, então, temeroso, eu olhei devagar para o meu relógio e ele ainda estava inteiro, suspirei alto ao ver que o que tinha que acontecer, o que aconteceu no dia anterior, não tinha se concretizado hoje.


Tá vendo? – ela perguntou – foi só um déjà vu, ou um sonho, não sei bem.

É, talvez você esteja certa – eu disse.

Agora vá e consiga essa promoção – ela disse me dando um selinho e se distanciando de mim.


Ness entrou em um táxi e eu entrei na empresa, logo fui abordado por minha secretária Sônia, que estava seria e me olhava com cara de poucos amigos.


Finalmente em Jacob – ela disse me seguindo até o elevador – achei que tinha desistido da promoção.

Não, mas estou quase – eu disse e ela me olhou surpresa.

É... Deve estar morto – ela disse e um flash de lembrança do dia anterior passou pela minha cabeça, como se Sônia lembrasse da minha resposta do dia anterior.

Sônia o que aconteceu ontem aqui na empresa? – eu perguntei.

Deve estar dormindo pouco para ter uma memória tão ruim – ela disse e o elevador se abriu – ficamos aqui até altas horas terminando o relatório para a reunião.

Hum... Lembro... – eu disse lembrando-me do dia anterior ao do meu “sonho” que cheguei em casa tão tarde e Renesmee já estava dormindo.

Vou lembrar uma coisa pra você, que com certeza esqueceu – ela disse me seguindo até o meu escritório.

Eu não esqueci – eu disse entrando no escritório – a formatura da minha mulher é uma data marcante para mim também Sônia.

É... Sua memória não é tão ruim como pensei – ela disse abrindo minha maleta sobre a mesa e pegando uns papéis – Também, depois de tantas telefonemas e recados, quem esqueceria?

Pois é – eu disse pegando os papéis e relatórios e indo em direção ao elevador – os empresários já chegaram?

- Há muito tempo – ela disse – acho até que já desistiram de você.


Subi até o primeiro andar e ao sair do elevador, fui andando pelos corredores e quando cheguei a anti-sala da sala de reuniões, meu chefe estava lá com cara de poucos amigos andando de um lado para o outro.


Eu deveria te matar garoto – ele gritava – mas como gosto de você, vá até lá e honre o que tem no meio das pernas rapaz.

Sim Senhor – eu disse, mas quando cheguei à porta da sala de reuniões, flash do dia anterior veio a minha mente, paralisei na porta, lembrando-me que a culpa da morte de Renesmee tinha sido toda minha e deste maldito trabalho, por não ter tempo para ela, ela terminou comigo e entrou naquele taxi, eu não podia entrar naquela sala, eu tinha que ir correndo vê-la.

O que pensa que está fazendo Black? – meu chefe perguntou à minhas costas.

Pode me matar depois – eu disse virando-me e entregando os papeis nas mãos dele e saindo correndo dali.


Corri pelos corredores, entrei no elevador e cheguei ao saguão, sai da empresa e peguei o primeiro táxi que vi na minha frente, por sorte, era o mesmo que eu tinha pegado ontem, o que Nessie tinha entrado, com o mesmo taxista do dia anterior que tinha dito a mim coisas que ficaram soando em minha cabeça e que eu poderia me lembrar facilmente.


Olá – eu disse ao entrar e ele me olhou pelo vido retrovisor.

Olá meu rapaz – ele disse voltando sua atenção ao transito que estava engarrafado – vejo que agora está seguindo o meu conselho.

O senhor lembra-se de ontem? – eu perguntei curioso, se ele se lembrasse então, não tinha sido só um sonho – então não foi só um sonho ou déjà vu? Foi um tipo de aviso ou sei lá o que?

Nada acontece por acaso meu amigo – ele disse parando o carro e se virando para mim – para onde está indo?

Quem é o senhor? – eu perguntei confuso.

Um humilde e simples taxista – ele disse.

Não... – eu disse negando com a cabeça – o senhor é algo mais, porque é a única pessoa além de mim a se lembrar do que aconteceu ontem?

Tantas perguntas, apenas uma só resposta... – ele dizia balançando a cabeça – posso te fazer apenas uma?

Essa é sua chance – eu disse.

E se você não soubesse o que tinha? Até perder para sempre? Se a vida te desse outra chance? Para amar quem você perdeu? E se você só tivesse um dia? Para mudar o destino? O que você faria? – ele fazia várias perguntas e eu só ficava mais ainda confuso – Conseguiria viver sem ela?

O que está tentando me dizer? – eu perguntei.

Sabe por que isto acontece? – ele perguntou.

Não...

A resposta é não... – ele respondeu – você não conseguiria viver sem ela.

O que eu devo fazer? Para não perdê-la? – eu perguntava desesperado.

Meu filho – ele disse – você não pode impedir o que tem que acontecer, mas você pode viver o tempo que você ainda tem, o tempo que Deus ainda te permite viver ao lado de sua noiva, não o desperdice.

Muito obrigado – eu disse abrindo a porta do táxi e tirando um dinheiro do bolso e estendi a mão para dar, mas ele não aceitou.

Você já pagou ontem – ele disse e eu saltei do táxi.


Corri no meio dos carros como um louco, mas que dane-se o que as outras pessoas vão pensar, eu só queria chegar logo no trabalho de Nessie, que não ficava muito longe da rua da minha empresa, chegando lá, fui até a sala que já vi uma vez ela dando aulas e abri com tudo, mas quem estava lá era outra professora.


Por acaso, o aluno Nahuel está por aqui? – eu perguntei e três garotinhos levantaram as mãos, mas nenhum deles era o garoto de ontem, assenti e sai da sala, fui procurar a diretoria e achei uma senhora sentada dentro de uma sala cheia de papeis e um computador – a professora Renesmee Cullen está em que sala?

Renesmee Cullen... – ela disse pensativa – acho que hoje não é seu dia de trabalho por aqui...

Obrigado – eu disse saindo dali e quando virei-me para o lado, me bati com Quil, Seth e Embry.

- Pelo visto perdeu a promoção – Quil disse e eu assenti – tá indo para onde cara?

Tô atrás da Renesmee – eu disse.

Cara – ele falou – quando eu sai de casa, acho que vi a Claire conversando com ela no telefone.

Valeu Quil, até mais caras – eu disse saindo correndo.


Fui correndo até o apartamento de Quil e bati na porta, bati na porta e nada.


Claire? – eu gritava e batia na porta – tem alguém ai? A Renesmee está ai?

Você é Jacob Black não é mesmo? – um senhor negro, baixinho e gordo que parecia ser um faxineiro perguntou.

Eu conheço o senhor? – eu perguntei confuso.

Oh – ele disse – não, mas eu conheço sua noiva... A Sra. Cullen.

A conhece?

Sim, sabe – ele disse – ela é uma mulher muito linda e inteligente, você tem sorte de tê-la... A se eu fosse uns anos mais novo.


Ele disse e eu reconheci a fala, a mesma do dia anterior, olhei para seu crachá que continha seu nome e quase pulei de susto, estava escrito Nahuel, como aquilo poderia ter acontecido? Como poderia ser real? Nahuel era um menino, aluno da Ness  e no outro dia ser um faxineiro de idade que trabalha no prédio do Quil, coisa de louco.


O senhor sabe se ela esteve aqui hoje? – eu perguntei ainda um pouco surpreso.

Não... Mas eu acho que vi a Sra. Claire conversando no telefone com ela, acho que ela foi no apartamento da Sra. Cullen.

Muito obrigado – eu disse saindo correndo dali, peguei um táxi e me dirigi ao meu apartamento, quando cheguei lá, vi Ness e Claire pretendendo pegar um táxi – Renesmee.

Jacob? – ela perguntou surpresa? – Não deveria estar na empresa?

Eu desisti – eu disse – eu descobri que não foi só um sonho, o taxista, ele se lembra do que aconteceu...

Do que você tá falando? – ela perguntou confusa – que taxista?

Nós precisamos sair de Nova York – eu disse.

Não posso – ela disse – prometi que iria ajudar a Claire nas compras.

Por favor... – eu pedi.

Ness, vá – Claire disse – eu posso fazer as compras sozinha.

Tem certeza? – ela perguntou.

Claro que sim – ela disse sorrindo – vão e se divirtam.

Obrigada – Nessie disse e Claire entrou no táxi – para onde vamos?

Não sei ainda – eu disse – só sei que precisamos sair da cidade.

Tudo bem – ela disse e nós começamos a andar.


Fomos até a estação de trem, no caminho acabamos decidindo que iríamos a uma cidade do interior aqui perto, cheia de montanhas e florestas porque ficava na zona rural, onde passamos as férias dos dois primeiros anos quando nos mudamos para cá.

Nessie foi comprar as passagens e eu fiquei a esperando no meio da estação, eu estava preocupado com o que acontecerei dali para a frente, pelo que disse o taxista existiam certas coisas que eu não podia impedir, eu pudi impedir a quebra do relógio mais não a queimadura da Ness, ela aconteceu, mesmo não sendo do mesmo jeito de ontem, talvez eu possa impedir o acidente ou não, eu poderia fazer acontecer de outro jeito, eu estava distraído em meus pensamentos quando sinto braços quentes em minha volta.


Vamos? – ela pergunta sorridente tirando-me de meus devaneios.

Vamos – eu respondi.

[...]

Estávamos andando em um campo florido, perto de uma pequena casa, quando um forte chuva começou a cair, fomos correndo até a casa, que mais parecia uma cabana abandonada, quando entramos, lá tinha uma cama, uma mesinha e uma janela, o local perfeito.

Fui até a janela, tentando esconder a emoção que me atingia, lágrimas desciam sobre os meus olhos, só por imaginar o que aconteceria dali a algumas horas e não poder fazer nada para impedir, eu tive a chance e quase desperdicei, Nessie percebeu o que estava acontecendo e veio até a mim e me abraçou por trás.


O que está acontecendo? Porque está chorando? – ela perguntava e eu olhava a paisagem pela janela – o que aconteceu nesse sonho para te preocupar tanto?

Se tivesse apenas um dia de vida como você passaria? – eu perguntei.

Bom... É difícil – ela disse sentando-se na ponta da cama e eu me virei para fitá-la – tem tantas coisas que eu gostaria de fazer, talvez eu gastaria todas as minhas economias para visitar Paris e escalar a Torre Eiffel, talvez, iria a Forks me jogar do penhasco como fazíamos... Ou talvez, passar a tarde comprando sapatos.

Sério? – eu perguntei limpando as lágrimas e ela sorriu – faria tudo isso?

Fácil – ela disse sorrindo – passaria com você!


Meus olhos brilharam com sua resposta, ela podia ainda não saber, mas aquele seria o último dia da vida dela, e seguindo o conselho do sábio taxista, eu aproveitaria cada momento, cada segundo ao seu lado.

Fui até ela e tasquei um beijo apaixonado em seus lábios, ela apoiou-se na cama com os cotovelos, puxei-a para fora da cama, no chão, eu estava deitado e ela em cima de mim.


O comando dessa vez é meu – ela disse e eu sorri.


CONTINUA...



Será que mereço uma recomendação?? Ai manda vai, me deixa tãaaao feliz, manda reviews tbm se puder amores, mas de preferencia recomendação.

Beijoos.